Espanha vai subsidiar diesel, mas caminhoneiros continuam em greve

O governo da Espanha concordou nesta sexta-feira (25) com as organizações de transportadores em subsidiar 20 centavos de euro (22 centavos de dólar) por cada litro de diesel, mas os caminhoneiros independentes manterão a greve por considerar o valor insuficiente.

“O Governo vai recompensar os caminhoneiros com 20 centavos de euro por litro ou quilo de combustível”, anunciou o Ministério dos Transportes em um comunicado nesta manhã, após mais de 12 horas de reunião com a organização patronal Comissão Nacional dos Transportes Rodoviários (CNTC), que reúne as associações majoritárias do setor.

Mas este pacto, através do qual o governo pagará 15 centavos do subsídio e as petrolíferas os cinco restantes, foi alcançado sem a participação da Plataforma de Defesa do Setor de Transporte Rodoviário de Mercadorias, organização minoritária que lidera a greve.

“Continuaremos com esta greve por tempo indeterminado”, anunciou Manuel Hernández, porta-voz da plataforma, no final de uma reunião na tarde de sexta-feira com a ministra dos Transportes, Raquel Sánchez, afirmando que suas reivindicações não foram atendidas. “Se nos custa dinheiro trabalhar e isso não é corrigido, não podemos trabalhar”, disse o porta-voz da plataforma que iniciou o protesto em 14 de março em um contexto de preços altos da energia.

No acordo, o governo se comprometeu a dar “uma ajuda direta ao setor de 450 milhões de euros” (496 milhões de dólares), acrescentou o ministério, que consistirá num pagamento único de 1.250 euros por caminhão, 900 por ônibus, 500 por furgão e 300 por veículo ligeiro (táxis, VTC e ambulâncias).

Este pacote de medidas “significará uma injeção de mais de um bilhão de euros” no setor, acrescentou.
A greve dos caminhoneiros ganhou força nos últimos dias, com a multiplicação de bloqueios e ataques a quem não a apoia.

Muitas empresas interromperam a atividade de suas fábricas por falta de suprimentos e caminhões para distribuir sua produção, ou ameaçam fazê-lo em breve, como Danone, Heineken, Mercedes ou Arcelor Mittal, e começaram a faltar produtos em alguns supermercados.

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