Espera de mais de 2 horas atinge 75% dos hospitais privados de SP

Três em cada quatro hospitais privados do Estado de São Paulo relatam que o tempo médio de espera em atendimentos de urgência e emergência passa de duas horas para pacientes com suspeita de covid-19 ou síndrome gripal. Os dados evidenciam a pressão causada pela explosão de infecções pelo coronavírus com o avanço da variante Ômicron, que é mais transmissível.

O levantamento foi feito pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), com 81 estabelecimentos na capital e no interior entre os dias 12 e 19 de janeiro. Quatro em cada dez hospitais apontam uma espera de duas a três horas, e 32% informam que têm filas superiores a três horas.

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Todos os hospitais relatam que houve aumento no atendimento de urgência nos últimos 15 dias a pacientes com a covid-19. Em 60% dos casos, a demanda para esse tipo de atendimento mais do que dobrou. Com boa parte da população vacinada e, ao mesmo tempo, alta transmissibilidade do vírus, a tendência é de pressão justamente nos atendimentos de urgência – a porta de entrada dos hospitais.

Só nos primeiros 19 dias do ano, o número de casos de covid no Brasil (1.135.488) é equivalente a 30% do total de casos confirmados ao longo de todo o segundo semestre de 2021 (3.726.209). O número de casos nos primeiros 19 dias do ano já supera em 132% o total de confirmados no último trimestre de 2021 (859.596).

Srag

Boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta sexta 21, apontou sinal de forte crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Em 22 unidades da Federação, houve pelo menos uma macrorregião de saúde com nível de casos semanais de SRAG classificado como muito alto ou extremamente alto, segundo o levantamento da Fiocruz. Em relação às capitais, 24 das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência das últimas seis semanas.

Pessoas com sintomas da covid-19 lotam os hospitais para testes de detecção da doença, consultas e para obter atestado médico. Boa parte dos casos são leves, graças à vacinação. No entanto, o altíssimo número infectados também leva, inevitavelmente, a um aumento no volume de hospitalizações, em leitos clínicos ou Unidades de Terapia Intensiva (UTI), como mostram os dados do SindHosp.

Em mais de um terço dos hospitais privados de São Paulo, a taxa de ocupação de UTIs passa de 81%. Já a ocupação de leitos clínicos atinge esse mesmo porcentual em um quarto dos estabelecimentos.



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