Família de Moïse vai administrar quiosque onde ele foi morto no Rio

A família do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe passará a ser a permissionária do quiosque Tropicália, onde ele foi brutalmente assassinado no dia 24 de janeiro. A notícia foi dada pelo prefeito Eduardo Paes em seu perfil em uma rede social na manhã deste sábado. De acordo com o secretário municipal de Fazenda, Pedro Paulo, a intenção é encontrar a família ainda esta tarde para iniciar os trâmites da permissão.

– Eles já aceitaram. Estamos dispostos, junto à Orla Rio (que opera os quiosques), a fazer a permissão oficial imediatamente. A Orla Rio se comprometeu a isentá-los de pagamento de aluguel (que pode variar de R$ 1 mil a R$ 12 mil mensais, segundo a concessionária) e a arcar com a reviltalização do quiosque em parceria com a prefeitura. É o mínimo de reparação diante da brutalidade que foi cometida contra Moïse.

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Conforme informou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO, a prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda, vai transformar os quiosques Biruta e Tropicália em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana. A ação será realizada em parceria com a concessionária Orla Rio, que opera os estabelecimentos. De acordo com Pedro Paulo, o quiosque Biruta deverá ser administrado por alguma entidade ligada ao movimento negro.

A reformulação dos quiosques pretende celebrar a “cultura e alegria do povo africano, tendo ali um ponto de referência com comida típica, e trazendo a oportunidade de empregar refugiados que vivem na cidade”, diz o secretário.

– A ideia é que seja um espaço qualificado, com bom atendimento, não só ligado à gastronomia, mas também para eventos, shows, que tenha toda essa referência da cultura congolesa e africana como um todo. O que aconteceu foi algo brutal, inaceitável e que não é da natureza do Rio. É nosso dever ser uma cidade antirracista, acolhedora e comprometida com a justiça social.

As oportunidades de emprego ligadas aos dois quiosques deverão, também, ser oferecidas a refugiados africanos residentes no Rio. Além disso, em parceria com o Sesc/Senac e com organizações sociais, a Prefeitura e Orla Rio vão criar um programa de treinamento e capacitação para esses imigrantes atuarem no setor de alimentação.



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