Federal Reserve corta juros pela segunda vez desde a crise de 2008

Banco central americano anuncia novo corte de 0,25 ponto percentual, uma decisão já esperada pelo mercado e criticada por Donald Trump

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18 set 2019, 15h52 – Publicado em 18 set 2019, 15h14

São Paulo – O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (18) um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa referencial de juros, para a faixa entre 1,75% e 2%.

Foi o segundo corte na taxa desde a crise financeira de 2008. A decisão já era esperada pelo mercado financeiro, mas mostrou divisões internas no comitê.

Além de Jerome Powell, presidente do Fed, outros seis membros também votaram pelo corte na magnitude anunciada, enquanto James Bull queria um corte ainda maior.

Já os presidentes do Fed de Boston, Eric Rosengren, e de Kansas City, Esther George, defendiam manter a taxa inalterada.

O Fed também aumentou a diferença entre os juros que paga aos bancos por excesso de reservas e o teto de seu intervalo de taxa de juros, um passo para amenizar os problemas nos mercados monetários que exigiram uma intervenção no mercado do Fed de Nova York nesta semana.

No comunicado e na entrevista coletiva, o Fed deu sinais em direções diferentes sobre os próximos passos da sua atuação.

Isso fez o Ibovespa acelerar sua queda nesta quarta-feira, tocando a mínima da sessão abaixo dos 104 mil pontos. Às 15:28, o Ibovespa caía 0,58%.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou a decisão como um fracasso e disse que Powell, além de um “péssimo comunicador”, não tem coragem, noção ou visão.

Trump, que é candidato para reeleição em 2020, vem pressionando o Fed a fazer cortes mais agressivos diante do relaxamento monetário em outros lugares do mundo.

A economia americana vive o ciclo de expansão mais longo da sua história e o desemprego registra a menor taxa em quase meio século.

No entanto, a taxa de inflação segue abaixo da meta de 2% e há preocupação com as consequências da guerra comercial com a China.

O risco de recessão nos próximos 12 meses é estimado como próximo de 50% por economistas como Robert Shiller e Lawrence Summers.

Veja a coletiva de Powell ao vivo:

(Com Reuters)



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