Foodtech Puravida cresce mais de 40% e buscará mercado internacional

O debate sobre saúde gerado pela pandemia de covid-19 vem impulsionando os resultados da Puravida, plataforma de conteúdos e venda de alimentos saudáveis, suplementos e cosméticos. A empresa viu sua receita aumentar 42% em 2021, para R$ 295 milhões, e traçou um plano para crescer mais de cinco vezes até 2025, atingindo R$ 1,7 bilhão. Em 2022, espera alta de 60%. “Muito mais gente está disposta a priorizar sua saúde do que há dois anos”, diz Adrian Franciscono, sócio e CEO da foodtech. O investimento do Aqua Capital em 2020 viabilizará a expansão: a Puravida comprou seu principal fornecedor, a Tradal Brazil, e construirá um centro de distribuição.

Rumo ao mercado externo – No último ano, a Puravida multiplicou por dez sua equipe, chegando a 400 funcionários, e iniciou um roadshow para encontrar um investidor que traga projeção internacional. Até 2025, quer estar em Colômbia, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Aberta a novas compras – O plano de negócio prevê aquisições de empresas de tecnologia, marketing digital ou de bebidas e alimentos prontos para consumo. A Puravida também seguirá treinando fornecedores para atender seus padrões de qualidade, incluindo produtores de frutas, oleaginosas, castanhas, café, alho e cebola.

O açaí é uma das matérias-primas dos produtos da Puravida, além de castanhas, oleaginosas, café, alho, entre outras. Foto: Paulo Santos/Reuters

No radar – Após adquirir cinco empresas no ano passado, a Camil Alimentos continua ativa nas fusões e aquisições (M&As). Flávio Vargas, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, menciona conversas em andamento com potenciais vendedores, mas faz segredo sobre o número atual de tratativas. “Há setores e empresas alvo em namoro, mas o casamento depende do vendedor”, diz. Os segmentos de farinha de trigo, biscoitos e café continuam na mira da companhia.

Vizinhos – M&As fora do Brasil também atraem a Camil. A mais recente foi a compra da uruguaia Silcom, de alimentos, que espera concluir em cerca de dois meses. Segundo Vargas, no mercado externo o foco da empresa é expandir a operação na América do Sul. Lá fora, o pontapé inicial se dá pelo segmento de arroz e depois diversifica a atuação para outras categorias.

Alternativa – A escassez de contêineres levou exportadores a condicionarem as cargas em big bags, grandes bolsas de polietileno comumente usadas para importar adubos. O PORTO PONTA DO FÉLIX, de Antonina (PR), viu crescer operações com essas embalagens. Em 2021, exportou cerca de 200 mil toneladas de alimentos usando essas bolsas, em operação inédita. Gilberto Birkhan, diretor-presidente do terminal, prevê aumento de pelo menos 50% nas operações neste ano.

Leque amplo – Birkhan acredita que o uso do big bag pode crescer especialmente para países que não possuem estrutura logística para receber contêineres, como os do continente africano. “Há projeto em negociação que pode triplicar a movimentação por big bag”, conta. No ano passado, a maior parte dos envios com O açaí é uma das matérias-primas dos produtos da Puravida, além de castanhas, oleaginosas, café, alho, entre outras. Foto: Paulo Santos/Reuters uso dessas embalagens, que podem armazenar até 1 tonelada, envolveu cargas de açúcar, arroz e fubá. O principal destino foi a Venezuela.

Falta gente – A dificuldade de encontrar profissionais com conhecimento tanto do mercado financeiro como de agropecuária levou o Itaú BBA a criar seu primeiro “Programa de Formação Agro”, conta Pedro Fernandes, diretor de Agronegócio. Pretende formar “officers” (gerentes) para reforçar o atendimento ao setor – a equipe de agro tem mais de 300 pessoas. A primeira turma, com nove pessoas, começa a ser treinada nesta semana. O curso, em formato híbrido, dura um ano. Em setembro, haverá nova seleção de alunos.

GIRO

Expectativa de demanda firme pelo algodão brasileiro – Produtores brasileiros de algodão estão animados com a perspectiva de demanda aquecida pela pluma tanto no mercado interno como lá fora. “Devemos entrar na colheita da safra 2021/22 com 90% da produção comercializada em meio aos bons níveis de preços”, diz Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).

VEM AÍ

Produtores aguardam socorro do governo federal – Agricultores de Estados do Sul e de Mato Grosso do Sul esperam apoio federal após a quebra de produção por causa da estiagem. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, visitou a região e sinalizou ampliação do seguro rural e crédito adicional a produtores de municípios em estado de emergência.

Fonte: Estadão

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