Governo negocia vacinas com dois laboratórios chineses, diz Queiroga

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta terça-feira, 8, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo negocia com dois laboratórios chineses a possível aquisição de vacinas contra a covid-19: CanSino e Sinopharm.

“Estamos com nosso horizonte aberto para aquisição dessas doses”, disse Queiroga. Até agora, o governo comprou da China doses da Coronavac, desenvolvida pela empresa Sinovac. No Brasil, o imunizante é produzido pelo Instituto Butantan.

Em 18 de maio, a CanSino fez o pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial . “Sendo possível, vamos ter a CanSino aqui conosco”, afirmou Queiroga. A Sinopharm, segundo ele, “é uma vacina parecida com a Coronavac”.

“Existem negociações do ministério” em relação à Sinopharm, acrescentou Queiroga. Ele pontuou, no entanto, que é preciso “verificar questões de custos” do imunizante. “É um custo um pouco elevado em relação a outras vacinas que nós temos aqui”, apontou.

No caso da Sinopharm, existe a possibilidade de que a vacina seja produzida no Brasil a partir do IFA enviado da China. “Se isso for possível, o ministério vai apoiar”, afirmou Queiroga. Por fazer parte do Covax Facility, consórcio de vacinas liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Sinopharm não precisa ser aprovada previamente pela Anvisa.

Após ter sido perguntado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), por que o ministério ainda não acertou definitivamente a compra de 30 milhões de doses da Coronavac anunciadas, Queiroga afirmou que o país já tem doses suficientes para o último quadrimestre, quando essas doses estariam disponíveis.

Para Queiroga, o foco, agora, deve ser a Butanvac, que será totalmente desenvolvida no Brasil. “Já que a Butanvac já tem a pesquisa pré-aprovada pela Anvisa, eu acho que seria um direcionamento mais adequado do Ministério da Saúde apostar na Butanvac do que na Coronavac”, afirmou.

O ministro disse ter conversado com Dimas Covas, diretor do Butantan, sobre o assunto. “Falei para ele: ‘por que, em vez de a gente trabalhar com esses 30 milhões de Coronavac, a gente já não faz aqui um acordo visando aos 30 milhões de Butanvac?'”, contou.



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