Governo passa a ver crescimento de 0,02% no Brasil em 2020

O anúncio foi feito na publicação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do primeiro bimestre

O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira, 20, uma revisão da sua expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 para um avanço de 0,02% ante a alta de 2,1% projetada na semana passada.

A previsão menor de crescimento da atividade incorpora os impactos da pandemia de coronavíorus na atividade, e já será usada em relatório de receitas e despesas do Orçamento, que, por lei, precisa ser apresentado até hoje.

Atualmente, a previsão do mercado financeiro, reunida pelo Banco Central, converge para uma mediana de 1,68%, mas os números têm sido revisados semanalmente para baixo. Na semana passada, era de 1,99%.

Durante coletiva, o secretário de Política Econômica Adolfo Sachsida, disse que não são esperados resultados favoráveis para o PIB do primeiro e do segundo trimestre, nos quais o impacto do surto na atividade deve ser mais relevante. “Tomando as medidas corretas, porém, esperamos que no segundo semestre, seremos capazes de gerar uma retomada, diz.

O secretário acrescenta que a última vez que o mundo viu um cenário como o atual vimos foi há100 anos, durante a gripe espanhola. “Foram seis circuit brakers na Bolsa brasileira no intervalo de oito pregões”, diz.

Na conta da equipe econômica, as medidas tomadas pelo governo ate agora para mitigar os impactos da crise no país já chegam a R$ 186 bilhões.

A União divulga o comportamento de suas despesas e receitas para garantir que vai cumprir o resultado primário estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Até o fim deste ano, porém, está dispensada da obrigatoriedade de obedecer a meta fiscal, de R$ 124,1 bilhões, já que o país entrou em estado de calamidade pública.

Caso o governo não tivesse pedido que o Congresso aprovasse o cenário de emergência, teria que contingenciar neste momento R$ 37,523 bilhões no Orçamento, já que o rombo das contas públicas foi estimado no relatório em R$ 161,623 bilhões.

Vale ressaltar que a União continua tendo que respeitar a regra do teto de gastos, que limita o avanço das despesas à inflação, e a regra de ouro, que proíbe a emissão de dívida para bancar despesas correntes.

O salário mínimo foi mantido em R$ 1.045.

O preço do barril de petróleo também foi revisado, indo de US$ 52,70 para US$ 41,87. A mudança resultará em menores receitas para os cofres públicos.

O governo também retirou do radar as receitas esperadas com a privatização da Eletrobras (R$ 16,2 bilhões). Ao todo, a arrecadação com concessões foi reduzida em R$ 16,341 bilhões. Já as receitas com dividendos caiu R$ 3,52 bilhões.

Do lado dos gastos, o governo incluiu uma previsão de R$ 7,672 bilhões em créditos extraordinários por conta da crise do novo coronavírus. Também subiram as previsões com gastos de pessoal (R$ 3,342 bilhões) e com Previdência (R$ 5,3 milhões).

(Com informações de Estadão Conteúdo)

 

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