Guedes vai nomear assessora próxima para enfrentar pessimismo do mercado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai nomear Daniella Marques, tida como seu braço direito na gestão do ministério, para a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade, com a missão de divulgar o volume de investimentos contratados no Brasil em meio ao pessimismo dos mercados com a economia.

Antes de ingressar no governo Jair Bolsonaro, Marques trabalhou com Guedes na butique de investimentos Bozano, no Rio de Janeiro, e está com o ministro desde o início de sua passagem por Brasília. Atualmente, ela é chefe da Assessoria Especial em Assuntos Estratégicos.

Marques assumirá o posto hoje ocupado por Carlos da Costa, que será nomeado adido comercial nos Estados Unidos.

Guedes acredita que investimentos contratados de mais de 700 bilhões de reais nos próximos dez anos vão ajudar a economia e que esse efeito está sendo subestimado para 2022, em meio à sequência de revisões para baixo nas expectativas para o produto interno bruto (PIB).

O pessimismo dos agentes foi reforçado pela contração de 0,1% do PIB no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior.

De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central, que reúne projeções de dezenas de economistas, divulgada nesta segunda-feira, a estimativa para o desempenho da atividade em 2022 caiu pela nona semana consecutiva, para apenas 0,51%. O Ministério da Economia prevê oficialmente aumento de 2,1%, mas as autoridades admitem em privado que o número provavelmente será um pouco menor.

Guedes também decidiu que o auditor fiscal Julio Cesar Vieira Gomes substituirá José Tostes Neto no comando da Receita Federal. Tostes Neto deve se tornar o representante do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Ainda não há decisão, porém, sobre o cargo de coordenador de articulação política com o Congresso. O nome do ex-deputado federal Alexandre Baldy, procurado por Guedes, foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Baldy, que foi ministro das Cidades no governo Michel Temer, trabalhou com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), visto por Bolsonaro como adversário político e potencial rival na corrida presidencial de 2022.

O posto está vago desde que Esteves Colnago, então ocupante da cadeira, foi nomeado por Guedes como o novo secretário especial de Fazenda após uma debandada no Ministério da Economia após o governo ter apoiado a alteração do teto de gastos, medida que vai permitir mais gastos antes da eleição do próximo ano.



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