Ibovespa cai em linha com o pessimismo nas bolsas internacionais

Depois da alta do pregão de ontem, o Ibovespa abriu em queda nesta quarta-feira, seguindo os mercados internacionais que operam no vermelho por preocupações com a menor demanda por petróleo no mundo e com a reabertura parcial de economias europeias sem ainda ter havido uma solução para a pandemia do novo coronavírus. O principal índice da bolsa brasileira cai 2,05% para 78.279 pontos.

As bolsas européias registram baixas com o noticiário de mortes na Inglaterra e França. Nos Estados Unidos, o S&P cai 2,50%, Nasdaq, 2,30% e Dow Jones, 2,17%. As bolsas asiáticas fecharam em queda, com Nikkei caindo 1,17% e Xangai, 0,57%. Destaque para o Banco do povo da China que reduziu a taxa de empréstimos interbancários de 3,15% para 2,95% ao ano.

“Há uma preocupação com a reabertura parcial de economias, como a da França e da Espanha, sem que a pandemia esteja de fato resolvida. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump também é favorável a essa medida”, afirma Jefferson Laatus, fundador do Grupo Laatus.

Ainda no âmbito internacional, as estimativas referentes à queda da demanda por petróleo também deixam os investidores mais defensivos. A Agência Internacional de Energia (IEA) projetou nesta quarta-feira uma queda de 29 milhões de barris por dia na demanda pela commodity em abril, para níveis não vistos há 25 anos, alertando que cortes de produção não poderão compensar totalmente a queda do mercado no curto prazo.

A IEA estimou uma queda de 9,3 milhões de bpd na demanda em 2020, apesar de ter qualificado como “um sólido início” o acordo entre produtores para restrições recorde à oferta de petróleo, como resposta à pandemia do coronavírus.

Segundo Laatus, a notícia é ruim para todos os exportadores de petróleo, como o Brasil.

Já na esfera doméstico, o destaque desta quarta é a PEC de orçamento de guerra que deve ser votada no Senado, que dentre as emendas também permite ampliação dos poderes e atuações do Banco Central. Caso seja aprovada a PEC, o BC pretende adquirir crédito privado na ordem de quase 1 trilhão de reais. Se o texto seja aprovado com mudanças no Senado, deverá voltar a Câmara.

“Além disso, há uma preocupação com os rumores de demissão do ministro da Saúde, Luiz Mandetta. A principal dúvida é quem entraria no lugar”, acrescenta.


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