Ibovespa fecha em queda de mais de 4% em pânico por coronavírus

Com aumento de casos do coronavírus, crescem os temores de uma possível recessão global

São Paulo –  O Ibovespa fechou em queda de 4,14% na tarde desta quinta-feira (6). O principal índice da Bolsa fechou abaixo dos 100 mil pontos aos 97.996,77. No ano, a queda acumulada é de 15%

Analistas ouvidos por EXAME afirmaram que o mercado está em pânico com o surto de coronavírus. O receio é que o aumento de casos colocam em “xeque” a capacidade das principais economias globais reagirem ao surto. Diante disso, crescem os temores de uma  recessão global.  

Em todo mundo, são mais de 100 mil casos, sendo 80 mil na China e cerca de 200 nos Estados Unidos. No Brasil, hoje à tarde, o Ministério da Saúde confirmou que subiu para 13 o número de casos positivos. Desse total, 10 estão em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um no Espírito Santo e um na Bahia.

“O mercado está em pânico sem saber para onde está indo. O que precisava para acalmar os investidores era uma ação orquestrada entre os bancos centrais das grandes economias. O anúncio do  FED aumentou o risco e não foi recebido pelo mercado. O bom seria que ele comunicasse, por exemplo, que ajudaria as empresas que tiveram a liquidez afetada”, afirma Marcos Iorio, gestor de Investimentos da Integral Brei.

Entre as maiores quedas do Ibovespa estão as ações da Via Varejo, com queda de 18,41% e B2W, com 8,60%. As ações ordinárias da Petrobras também figuravam entre as maiores quedas, mais de 10%.

Os papéis da estatal eram impactos pelo fim do acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia, depois de Moscou se recusar a apoiar cortes mais profundos na produção de petróleo, que visavam lidar com a epidemia de coronavírus, e a Opep responder à ação removendo todos os seus próprios limites de bombeamento. Diante disso, os preços do petróleo despencaram mais de 10% nesta sessão.

Já na ponta positiva estão as ações da CVC com alta de 14% e Smiles, com 3,39%. No caso da CVC, as ações da CVC chegaram a disparar 23,2% na máxima, após a empresa anunciar o pedido de renúncia do CEO Luiz Fernando Fogaça. Para seu lugar foi chamado o Leonel Andrade, ex-presidente das companhias Smiles, Credicard e Losango.

Além do surto de coronavírus, pesava no índice a saída de investidores estrangeiros do país. De janeiro até 4 de março, os estrangeiros retiraram 44,5 bilhões de reais. “O investidor estrangeiro ganhou na Bolsa no ano passado e ganhou no câmbio ele está realizando lucro. A saída do estrangeiro foi amplificado pela instabilidade local”, afirma Iorio.

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