Investir em moedas estrangeiras durante a pandemia é um bom negócio?

Durante períodos de instabilidade econômica, como a que o mundo enfrenta por conta da pandemia causada pelo coronavírus, investidores e instituições financeiras acabam encontrando, em investimentos que ofereçam liquidez maior, uma oportunidade para diversificar seu portfólio. Entre esses produtos estão os chamados contratos futuros de moedas por dólares (FX). Negociados na B3, eles usam pares de moedas para proteger o investidor de oscilações (caso ele tenha, por exemplo, um pagamento a fazer ou receber em data futura). Esse tipo de operação é usado também como forma de especular quanto pode valer a moeda em um prazo pré-estipulado. “No mercado de moedas, a volatilidade aumenta significativamente diante de eventos como o que estamos vivendo”, explica Victor Hugo Cotoski, responsável pela expansão dos produtos na Infinox, corretora inglesa que atua como formadora de mercado há mais de 11 anos. 

O executivo destaca que, durante a pandemia, o Dollar Index (índice que mede o peso da moeda norte-americana no mundo) disparou quase 15%. “Algumas moedas se desvalorizaram mais, outras menos. O real, por exemplo, já perdeu cerca de 40% de valor em relação ao dólar americano este ano”, destaca Cotoski. Isso faz com que, em momentos de incerteza, a moeda norte-americana se torne a mais procurada pelos investidores. “Quem percebeu, logo no início, que a crise afetaria mercados emergentes e apostou nessas moedas contra o dólar ganhou dinheiro”, diz Alex Lima, sócio da gestora de investimentos V8 Capital. “O dólar está em um patamar que não se imaginava e já se vislumbra um cenário no qual ele subirá ainda mais em relação ao real. Ou seja, apostar na força do dólar global tem sido uma boa estratégia”, diz ele.

Comportamento das moedas

Assim que a pandemia começou a se propagar, muitos investidores partiram para a compra de moedas fortes, como o dólar, contra as que sofrem mais com o impacto de crises mundiais, como é o caso do peso mexicano. Uma das maiores exportadoras de petróleo do mundo, a Noruega, é mais um país que sente os efeitos da queda da demanda da commodity. “Em poucos dias, a coroa norueguesa se desvalorizou quase 25% em relação ao dólar”, destaca Sam Chaney, head de global business development da Infinox Capital. Já o iene japonês faz parte da lista de “ativos de refúgio” por se tratar de uma moeda líquida, em um país com inflação controlada e taxas de juros negativas. Quem acompanha o mercado percebeu não só como essas moedas têm se comportado, como também a facilidade de se investir nesse tipo de produto no Brasil. Isso se deve, entre outras medidas, à entrada de provedores de liquidez, como a Infinox, no mercado. “Agora, qualquer brasileiro pode comprar ou vender moedas, como a coroa norueguesa, o iene japonês e a libra esterlina, contra o dólar americano, por exemplo, diretamente na B3”, afirma o executivo. 

Por aqui, os contratos futuros de moedas vêm batendo sucessivos recordes. Só em março deste ano, foram negociados na B3 uma média de aproximadamente 18 000 contratos por dia – um crescimento de 330% em relação à média negociada em 2019. “Acreditamos que, nos próximos dois ou três anos, o Brasil se tornará um dos maiores mercados para esse tipo de operação”, diz Cotoski. Segundo ele, investidores que antes procuravam por esse tipo de produto no exterior devem retornar ao país. E o volume não é pequeno. Segundo a B3, cerca de 18 bilhões de dólares são negociados todos os dias no mercado futuro de minidólar. “Para se ter uma ideia, na bolsa de Chicago, apenas a negociação do par – EURUSD – apresenta um volume 100 vezes maior”, destaca Cotoski. Conhecedor do mercado, Lima faz uma ressalva: “É importante ter conhecimento sobre os contratos e sua liquidez para escolher um instrumento que realmente faça sentido. Mas, sem dúvida, esse tipo de operação seguirá crescendo no Brasil”.

Qualquer dúvida sobre o produto: www.infinoxpro.com ou www.b3.com.br


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