Mais ricos são favoráveis a descriminalizar aborto; mais pobres são contra

A maior parte dos brasileiros, 55%, é contrária à descriminalização do aborto, segundo dados da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA. Ao colocar uma lupa por classe econômica, entre os mais ricos é majoritário o entendimento daqueles que acham que o aborto não deveria ser crime, com 64% dos pertencentes das classes A e B pensando neste sentido.

Na outra ponta, entre os mais pobres, são maioria os que entendem que interromper uma gravidez deveria continuar no Código Penal, para 75% das pessoas das classes D e E.

Os números fazem parte da sondagem que ouviu 1.500 pessoas entre os dias 15 e 20 de abril. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-02495/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Clique aqui para ler o relatório da pesquisa.

(Arte/Exame)

No recorte por faixa de renda, os dados são similares. Entre aqueles que ganham até um salário mínimo, 75% são contrários à descriminalização do aborto. A situação se inverte entre os que ganham acima de 6 salários, com 57% entendendo que o aborto não deveria ser considerado um ato passível de punição.

Entre os gêneros, apesar dos homens serem mais favoráveis à descriminalização em relação às mulheres (55% a 52%), mais da metade considera que a pessoa que faz um aborto deveria sofrer algum tipo de punição.

Mesmo que seja majoritário o pensamento do brasileiro em relação à criminalização do aborto, a população concorda com a atual legislação, que permite em algumas exceções, como em casos como estupro, risco à vida da gestante e quando o feto é anencéfalo (não possui cérebro).

 

(Arte/Exame)

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