Mandetta ameaça deixar o DEM e diz que vacina não pode ser arma política

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta pode deixar o DEM. A insatisfação veio depois do racha do partido na eleição para a presidência da Câmara, na segunda-feira, 1º de fevereiro, em que muitos deputados não votaram em Baleia Rossi (MBD), candidato apoiado por Rodrigo Maia (DEM).

“Como eu não tenho mandato, eu estou muito tranquilo. Eu posso ficar sem partido para fazer essa discussão com todos os partidos, para ter uma transversalidade ampla, e, na hora certa, falar que este caminho é o melhor. Eu não estou convicto de que eu permaneço no partido, mas ainda vou dar a chance para eles abrirem essa discussão. Eu devo ir a Brasília depois do Carnaval e lá vai ter uma série de conversas”, disse Mandetta em entrevista exclusiva à EXAME.

Outra insatisfação de Mandetta veio da fala do presidente do DEM, ACM Neto, em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada na quinta-feira, 4. O ex-prefeito de Salvador disse que em 2022 o partido poderia apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Luciano Huck, e o próprio Mandetta como candidato à presidência da República – na última pesquisa EXAME/IDEIA o ex-ministro aparece com 1% das intenções de voto. Questionado se será candidato, Mandetta diz que ainda não sabe.

“O presidente do partido, o ACM Neto, dá uma entrevista em que fala que o pode estar com Doria, com Bolsonaro, com Huck, ou seja, um momento em que o país quer que aponte o caminho, ele aponta para o nada? Ele aponta para o ‘qualquer coisa serve desde que atenda os interesses do partido’. Espero que o partido reflita”, afirma.

O ex-ministro da Saúde ainda avalia que o racha que ocorreu durante a eleição do Congresso Nacional é fruto do sistema político brasileiro em que há um grande número de partidos.

“O Rodrigo [Maia] era quem capitaneava a agenda desse desejo que a sociedade tem de ter um governo moderado e principalmente responsável, que respeite os indivíduos, que não persiga a minoria. O DEM prega isso. Quando chegou a eleição, o Rodrigo Maia perdeu o timing de fazer a discussão dentro do partido com os deputados que lá estão. Não só o DEM fez isso, todos os que não fizeram entraram rachados. Há a falência do sistema partidário”, avalia.

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