Marcas de leite vegano estão prosperando: por que ficar de olho nelas?

A base dos leites da marca Nude, criada pelo casal formado pela consultora de moda Giovanna Meneghel e o administrador de empresas Alexander Appel, é a aveia orgânica. A versão mais simples leva uma pitada de sal e água. A mais sofisticada, indicada para o preparo de cafés, é incrementada com óleo de canola e vitaminas, entre outros ingredientes. Também há um leite com cálcio, um com baunilha e outro com cacau. Todos estão livres de glúten, aditivos ou açúcar, e os preços para o consumidor final oscilam entre 15,90 e 19 reais a embalagem de 1 litro.

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O ingrediente do qual Meneghel e Appel mais se orgulham, no entanto, é a sustentabilidade. Um dos pilares da Nude, lançada em dezembro, é a baixa pegada de carbono. A quantidade do poluente gerada por cada produto é informada no rótulo. O cálculo leva em conta desde as emissões relacionadas ao plantio de aveia até as dos caminhões que buscam os produtos na fábrica. “Nosso primeiro objetivo foi criar um leite que fizesse bem ao meio ambiente”, diz Meneghel, que exerce o cargo de CEO.

Pelas contas da marca, caso sejam vendidos 10 milhões de litros em cinco anos, ela terá emitido cerca de 3.500 toneladas de CO2. Se optasse por produzir o leite tradicional, emitiria 10.956 toneladas, de acordo com um estudo assinado pelos pesquisadores Joseph Poore e Thomas Nemecek. Ou seja, 7.456 toneladas a mais de CO2, o equivalente a 1.300 voltas de carro ao redor do planeta.

O casal teve a ideia da Nude em Berlim, onde morou até 2019. Naquela que é tida como a meca dos veganos, a consultora de moda se rendeu a uma alimentação mais saudável e testemunhou o tremendo sucesso dos leites à base de aveia por ali. Não causa surpresa que logo tenha decidido fazer os dela — sua família produz aveia no Paraná há mais de 30 anos.

A Nude captou 2 milhões de reais com investidores e já está presente em cerca de 400 pontos de venda, além de ser usada por quase 100 cafeterias — o faturamento não é divulgado. Para maio está previsto o lançamento do segundo produto, um creme de leite vegano, também à base de aveia — num futuro incerto virão sorvetes, iogurtes e um cream cheese,­ com o mesmo DNA. “A marca é rentável e a aceitação está sendo ótima”, comemora Appel.



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