Mesmo com coronavírus, BRF deve continuar lucrando na China

A maior exportadora de frango do mundo deve fechar o ano fiscal de 2019 sendo beneficiada pela febre suína que aumentou as importações de proteína na China

São Paulo — Após amargar um prejuízo de 4,4 bilhões de reais em 2018, a BRF, maior exportadora de carne de frango do mundo e dona de marcas como Sadia e Perdigão, mostrará nesta terça-feira se 2019 trouxe notícias melhores, ao divulgar o balanço de seu quarto e último trimestre fiscal. Na contramão de outros setores que vêm sendo afetados pelo novo coronavírus chinês, a BRF deve continuar lucrando com o país asiático.

Desde o ano passado, a febre suína que acometeu os rebanhos chineses fez o país aumentar fortemente as importações de proteínas, dando impulso às grandes produtoras de carne como a BRF. Mesmo com o surto de coronavírus, que já infectou mais de 90.000 pessoas em todo o mundo, a companhia afirmou, na semana passada, que “os volumes produzidos pela empresa destinados à China estão sendo embarcados normalmente”. A alta do dólar também deve ser outro fator que contribuirá com o caixa positivo da processadora de alimentos nos próximos meses.

A expectativa dos analistas é que a BRF apresente lucro de 798,4 milhões de reais no quarto trimestre, revertendo prejuízo de 4 bilhões de reais no mesmo período de 2018. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve subir mais de 80%, e o faturamento deve ficar em 33,5 bilhões de reais (alta de 11%). Se confirmado, será o terceiro trimestre seguido de lucro após os prejuízos do ano anterior.

O ano de 2018 foi marcado por episódios como a greve dos caminhoneiros e a Operação Trapaça, que levou à prisão o ex-presidente global da companhia, Pedro Faria, e vedou a exportação em 12 plantas da empresa, “foi o mais desafiador da história de 10 anos da BRF”, segundo a companhia. 

Enquanto isso, a BRF também anunciou nesta segunda-feira, 2, que lançará uma extensa linha de produtos congelados veganos. Chamada Veg&tal, a ideia é que os novos produtos correspondam a 10% da receita de inovação da empresa em até três anos. Com perspectiva de lucro em 2019 frente a um 2018 decepcionante, a empresa mira o futuro. 

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