Metade dos donos de bares e restaurantes está em débito com o governo

Em um setor em que quase todos os empresários estão enquadrados no Simples Nacional, 46% dos bares e restaurantes estão em atraso com os pagamentos e 84% desses temem ser desenquadrados do regime por conta disso. O pedido mais urgente é pelo Refis da Covid, que espera apreciação da Câmara dos Deputados desde agosto.

A pesquisa foi feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) entre os dias 17 e 26 de novembro com 1.315 empresários e publicada pelo O Globo.

Matheus Daniel é um dos empresários que estão em débito com o Simples. Ele mantém há 12 anos, junto com sua mãe, a marmitaria BH, um restaurante que trabalha com delivery na capital de Minas Gerais.

A história dele nesses últimos dois anos é de frustração. Logo no início de 2020, eles haviam feito um investimento grande para expandir a cozinha e melhorar o atendimento, mas não contavam com a chegada da pandemia. Em março de 2020, a primeira parcela do Simples ficou para trás.

“A gente descapitalizou totalmente, nós passamos de seis para dez funcionários na época que inauguramos e logo depois veio a pandemia. Por estarmos descapitalizados, já não conseguimos pagar o Simples do mês de fevereiro”, conta o empresário, que até hoje tem faturamento 40% inferior ao da pré-pandemia.

Ele conta que sem o Refis, o negócio que sustenta a família fica inviabilizado para 2022.

“Não conseguimos mais ter o faturamento que tínhamos, caiu em torno de 40% e isso inviabiliza. Se formos desenquadrados, sinceramente não sei, é quase melhor fechar e procurar emprego”, disse.

O projeto, que foi aprovado pelo Senado em agosto, prevê a possibilidade de parcelamento de débitos tributários em até 144 vezes (12 anos), além de desconto de até 90% nos juros e multas.



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