Mineradoras precisam compensar sociedade, diz CEO da Vale

Como mineradora, que extrai recursos naturais, a Vale precisa compensar e dividir valor com a sociedade para ser aceita, e tem avançado em iniciativas ambientais e sociais nessa direção, disse o CEO Eduardo Bartolomeo.

Ao Reuters Impact, evento que discute ações corporativas para combater mudanças climáticas, o presidente da Vale também comentou que rompimentos de barragens que impactaram a companhia e suas comunidades trouxeram lições que ajudaram a definir padrões mais rígidos de governança.

Para ele, as mudanças climáticas são o grande desafio global de longo prazo, e a mineradora tem colocado “recursos, esforços e mentes” em prol de reduzir suas emissões, até que sejam zeradas em 2050.

“Nós temos que compensar a sociedade, nós somos uma mineradora, nós extraímos recursos naturais”, disse Bartolomeo.

“Nós apenas vamos ser aceitos se nós dividirmos valor com a sociedade, desde o ponto em que estamos tocando, o território que ocupamos, até sociedade como um todo.”

A mineradora prevê investir de 4 bilhões a 6 bilhões de dólares para reduzir emissões até 2030. Dentre suas metas, está a redução neste prazo de 33% de suas emissões de carbono diretas e indiretas, denominadas escopo 1 e 2, em uma iniciativa que visa fazer frente ao Acordo de Paris.

Já as emissões de escopo 3, relacionadas à cadeia produtiva, a companhia planeja reduzir em 15% até 2035.

“Nós costumamos chamar a mineração de indústria das indústrias. É a base de tudo. Tudo que você toca, sente, tem a mineração por trás. Nós somos responsáveis por 4% a 6% de todas as emissões globais, mas quando você inclui escopo 3, estamos falando de 13% a 15%”, ressaltou.

Bartolomeo pontuou que uma das medidas que buscam garantir que as metas sejam atendidas foi a associação da remuneração variável dos administradores com objetivos relacionados com saúde, segurança e sustentabilidade.

“Tenho 20% da minha remuneração de longo prazo associada com metas ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa)”, frisou, destacando que o tema também está associado à remuneração de curto prazo.



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