Montadoras querem usar R$ 25 bi de créditos fiscais em garantia a bancos

As montadoras estão pleiteando a criação de um mecanismo que utilize os créditos tributários dos governos estaduais e federal como garantia para a obtenção de linhas de financiamento e taxas de juros menores por partes dos bancos privados. A ideia é utilizar o montante de 25 bilhões de reais que as empresas têm a receber e o BNDES como garantidor das transações, em um cenário de queda brutal do faturamento da indústria automotiva.

“Nossa proposta é obter linhas de financiamentos com custos mais aceitáveis, um conceito que usa dinheiro privado, sem subsídios”, afirma Luiz Carlos de Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo o dirigente, as montadoras têm para receber principalmente créditos tributários do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e PIS e Cofins, de arrecadação federal, além do ICMS, que é estadual. “Já que os governos não podem liberar esses créditos, é possível criar um mecanismo para oferecer esse montante como garantia a bancos.”

O pleito vem um momento em que as empresas enfrentam paralisação total das suas linhas. Em abril, a produção de veículos caiu 99,3% em relação a igual período do ano passado. Em comparação a março, houve retração de 99%.

Em abril, as fábricas produziram apenas 1.800 mil unidades, o menor resultado para um mês desde o início da série histórica da Anfavea, em 1957.

No acumulado do ano, a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus alcançou 587.700 unidades, queda de 39,1% sobre 2019. Com isso, os estoques somam 237.300 veículos.

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