Moraes pede para PF manter delegados em inquéritos sobre ataques ao STF


O pedido do ministro foi feito logo depois que o então ministro da Justiça, Sergio Moro, pediu demissão do cargo por interferência de Bolsonaro na PF


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira que o comando da Polícia Federal mantenha no posto os delegados que atuam em dois inquéritos dos quais ele é relator. Um deles, aberto desde abril do ano passado, investiga ataques a ministros da Corte.

O outro é o inquérito aberto nesta semana para apurar a organização dos atos do domingo passado que pediram o fechamento do Congresso Nacional e do STF.

O pedido de Moraes foi feito logo depois que o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, pediu demissão do cargo. No discurso de despedida do governo, Moro disse que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na atuação da Polícia Federal.

No pronunciamento, Moro disse que Bolsonaro decidiu trocar o comando da PF para poder obter informações de determinadas investigações.

Segundo o ex-ministro da Justiça, Bolsonaro tinha preocupação com investigações conduzidas pelo STF. O inquérito que investiga os atos de domingo esbarra no presidente da República, porque ele participou da manifestação em Brasília e discursou na frente do Quartel-Gerenal do Exército.

A intenção de Moraes é evitar qualquer tipo de interferência nos dois inquéritos, seja qual for o diretor-geral da PF ou o novo ministro da Justiça.

O inquérito aberto no ano passado já identificou mais de uma dezena de perfis de redes sociais dedicados à disseminação de ataques a ministros do STF. Já o inquérito aberto nesta semana tem como suspeitos dois deputados federais, que teriam participado da organizações dos atos de domingo.





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