Movida pode se beneficiar da alta do dólar, mas teme avanço do coronavírus

De acordo com Edmar Lopes, CFO da Movida, a empresa pode ser beneficiada pelo câmbio depreciado. “Em vez de o brasileiro viajar para o exterior, ele faz viagens domésticas (onde estamos presentes). Além disso, [o real desvalorizado] deve atrair mais turistas estrangeiros para cá”, disse.

A expectativa, se confirmada, deve impulsionar ainda mais o lucro da Movida, que, em 2019 foi de 228 milhões de reais – 43% acima do registrado em 2018. No último trimestre do ano passado, a taxa de ocupação de aluguel de carros foi recorde, com apenas 21,1% da frota vaga. Segundo a empresa, o resultado foi impulsionado pelos efeitos da “alta temporada”, quando o fluxo de viagens aumenta. Em termos anualizados, a receita com aluguel de veículos cresceu 21% em 2019.

No entanto, o surto de coronavírus, que segue aumentando no Brasil e no mundo, pode minar os objetivos da empresa de ganhar com o aumento do turismo. Além disso, a epidemia na China pode ter impactos na indústria automotiva, fazendo os preços aumentarem em função da falta de peças em estoque. Mas Lopes acredita que a inda seja “cedo” para afirmar que a Movida vai ser afetada.

“Parece que a cadeia de fornecimento vai se recompor rapidamente. A gente tem que aguardar para ver como isso vai evoluir. Até agora a gente recebeu todos os carros normalmente”, afirmou.

Em 2019, a empresa aumentou em 18% sua frota de veículos e terminou o ano com 109.661 carros. Com a expansão do número de veículos, a companhia conseguiu também aumentar a receita com venda de seminovos em 63%, passando para 2,214 bilhões de reais no ano. De acordo com Lopes, a empresa deve seguir aumentando a quantidade de carros comprados e revendidos como forma de renovar a frota.

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