MS já aplica 4ª dose em idosos e outros 4 estados querem ampliar vacinação

Enquanto o governo de São Paulo sinalizou nesta semana que pretende ampliar a aplicação da quarta dose contra a covid-19 para o público geral, o Mato Grosso do Sul já começou a vacinar idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde com a quarta dose da vacina. Ao mesmo tempo, os governos dos Estados do Espírito Santo, do Acre e do Ceará admitem estudar o tema. Até o momento, o Ministério da Saúde recomenda a administração do reforço apenas para imunossuprimidos com 12 anos ou mais.

Ainda que não haja recomendação expressa do governo federal, o Mato Grosso do Sul aplica a quarta dose da vacina anticovid em idosos acima de 60 anos e em profissionais de saúde desde a quarta-feira, 9. Para receber o novo reforço, os moradores do Estado devem ter sido vacinados com a terceira dose da vacina há ao menos quatro meses.

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“Nós definimos essa medida de acordo com a realidade local. Como observamos que 80% das mortes que estão ocorrendo por covid no Estado são de idosos a partir de 60 anos, seja com as três doses já tomadas ou com a vacinação incompleta, nós entendemos que é importante aplicar a quarta dose naqueles que tomaram a terceira há mais de quatro meses”, disse ao Estadão o secretário da Saúde do Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende.

Segundo ele, o adiantamento da quarta dose é especialmente importante no Estado porque o Mato Grosso do Sul foi um dos locais cuja vacinação contra covid-19 avançou de forma mais rápida no Brasil. “Com a imunização mais rápida lá atrás, salvamos muitas vidas. Mas agora estamos vendo que, como a imunidade adquirida com a vacina decai depois de quatro, cinco meses, precisamos instituir essa nova medida para preservar a vida dos idosos”, apontou Resende.

“No caso dos profissionais de saúde, como um grande contingente está se afastando por contaminação com a covid, a quarta dose pode evitar um colapso no Estado”, acrescentou. O secretário explica que o Mato Grosso do Sul possui um estoque de mais de 600 mil doses, o que seria suficiente para fazer uma nova rodada de vacinação do público convocado. Para ampliar a campanha para mais faixas etárias, no entanto, Resende diz ser importante esperar uma nova definição do governo federal.

“A gente chegou em um limite em que era importante iniciar a vacinação no público idoso e em profissionais de saúde, mas acredito que o Ministério vai tomar uma decisão (de ampliar a quarta dose para mais públicos) em poucos dias”, disse o secretário. Ele relatou que o Estado está tendo menos engajamento para a vacinação do que nas convocações para primeira e segunda doses, o que tem se mostrado como um problema para controlar as curvas de contaminação.

Fenômeno parecido é observado em São Paulo. Conforme informações do governo paulista, o Estado ainda tem 2,1 milhões de pessoas em atraso com a segunda dose da vacina da covid-19, a maioria (1 1 milhão) na faixa de 12 a 29 anos. Com isso, e até por conta do rápido avanço da variante Ômicron, que fez elevar o número de infecções e de mortes, médicos destacam a importância de correr atrás dos faltosos para completar o esquema vacinal e autoridades buscam avançar ainda mais na campanha de imunização.

Em entrevista à Rádio Eldorado, o governador João Doria (PSDB) declarou que São Paulo planeja administrar a quarta dose da vacina contra covid-19 em toda a população do Estado. “Vamos adotar em São Paulo a quarta dose, independentemente de haver ou não recomendação do Ministério da Saúde”, afirmou. Posteriormente, porém, ele ponderou que isso não deve acontecer de forma imediata e disse que a ampliação está sendo estudada pelo comitê científico do Estado.

Em coletiva realizada nesta semana, o secretário da Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, admitiu que o Estado estuda ampliar a quarta dose da vacina contra covid-19 para idosos. “Nós reconhecemos que a pandemia continua impactando em óbitos, principalmente da população idosa, que representa aproximadamente 70% dos óbitos que acontecem pela covid-19 (no Espírito Santo)”, disse Fernandes.



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