Na bolsa, Klabin abre semana de balanços e decisão de juros

Balanços robustos e possíveis anúncios de cortes das taxas, no Brasil e nos EUA, podem impulsionar Ibovespa para novos recordes nos próximos dias

São Paulo — O Ibovespa começa mais uma semana de recordes? A resposta, segundo analistas e investidores, vai depender da força dos balanços corporativos a serem divulgados nos próximos dias, no Brasil e nos Estados Unidos, e das reuniões dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos, que divulgam novas taxas básicas de juros na quarta-feira. Novas quedas devem ajudar a impulsionar os mercados.

Na semana passada, balanços robustos de gigantes como Vale e Petrobras somados à aprovação da reforma da Previdência no Senado ajudaram a impulsionar o Ibovespa em 2,5% entre segunda e sexta-feira, para 107.363 pontos. O prognóstico internacional é bom, com os índices asiáticos abrindo a semana em alta, para os maiores valores em três meses, com possíveis avanços nas negociações entre China e Estados Unidos. A morte do líder do grupo terrorista Estados Islâmico também aumenta a boa vontade política com o pressionado presidente americano Donald Trump.

Por aqui, a semana abarrotada de balanços no Brasil terá Magazine Luiza (terça-feira), Santander (quarta), Bradesco (quinta). Nesta segunda-feira é a vez da Klabin, a segunda maior produtora de papel e celulose do país.

Assim como sua concorrente Suzano (que divulga resultados na quinta-feira), a Klabin tem sofrido com a queda dos preços internacionais da celulose neste ano. De 1.045 dólares por tonelada no último trimestre de 2018, a cotação média da celulose de fibra longa – produzida e usada pela Klabin na fabricação de embalagens – recuou para 557 dólares no período de julho a setembro de 2019, nos cálculos do banco de investimentos Credit Suisse.

 

O mercado financeiro projeta uma queda de 30% nos ganhos operacionais da Klabin no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2018, para 876 milhões de reais, e uma baixa de 9,6% nas receitas, para 2,5 bilhões de reais. Neste ano, as units da Klabin perderam 3%, cotadas a 15,78 reais no fechamento da bolsa B3 na sexta-feira, 25 de outubro, enquanto o índice de referência do mercado acionário ganhou 18% no mesmo período.

Mas há motivo para otimismo, na avaliação do banco de investimentos Itaú BBA. Os preços da celulose de fibra curta – usada na fabricação de papel de escrever – já começaram a se recuperar, levando à expectativa de que a de fibra longa siga a tendência com a redução dos estoques mundiais e a manutenção de uma demanda alta da China.

Até o final de 2020, com uma melhora do cenário, o banco espera que as ações ganhem cerca de 37%, uma valorização acima da média do mercado. É focando o médio prazo que o Itaú BBA recomenda a compra dos papeis agora, mesmo que o balanço do terceiro trimestre seja fraco. Mesmo com um balanço pouco animador a Klabin vai ajudar a impulsionar novos recordes no Ibovespa? Os números serão divulgados após o fechamento do mercado.

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