Na compra do Big pelo Carrefour, o que muda para o bolso do consumidor?

A aquisição do grupo Big pelo Carrefour Brasil, anunciada nesta quarta-feira, vai colocar nas mãos do grupo as marcas BIG, Super Bompreço, Maxxi Atacado, Walmart e Sam’s Club, além daqueles que eles já administravam.

Isso deve levar o grupo a se consolidar na posição de maior varejista do Brasil, após comprar o terceiro colocado. Em segundo lugar, está o Grupo Pão de Açúcar, que detém o Assaí. A pergunta que fica é que efeitos isso pode trazer para o consumidor. 

Sebastien Durchon, diretor financeiro do grupo Carrefour Brasil afirma que a aquisição das marcas do Big deve gerar benefícios para o consumidor brasileiro.

“O consumidor vai se beneficiar muito com isso. Tem lojas que vamos converter para nossas bandeiras que oferecem produtos em segmentos mais baratos ao cliente. A marca Atacadão, por exemplo, é a mais barata do segmento cash and care. O consumidor das lojas Maxxi também vai ser beneficiado”, defende o executivo.

As unidades Maxxi serão convertidas para a bandeira Atacadão e parte das lojas BIG e BIG Bompreço para as bandeiras Atacadão e Sam’s Club.

O Grupo BIG (antigo Walmart Brasil) opera uma rede de 387 lojas, sendo 35 unidades Sam ‘s Club, 107 hipermercados BIG e BIG Bompreço, 99 supermercados Bompreço e Nacional, 97 lojas Todo Dia, 49 unidades Maxxi e 13 postos de gasolina.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, 24, representantes da empresa destacaram que o mercado regional é muito forte no Brasil, e com a concorrência, não dá para falar de uma consolidação do varejo no país. Ou seja, na visão deles, não há risco para concorrência.

“Nós vamos ter crise nos próximos dois ou três anos. E isso significa que o consumidor brasileiro vai precisar de preço, que é o forte da marca Atacadão. Se alguém entrega isso e entrega em casa no dia seguinte, é ótimo. Eu acho que o consumidor ganha com esses movimentos. No Brasil, tivemos péssimas experiências com marcas que tinham preços abusivos”

Valter Pieracciani, analista

O analista cita a expansão da operação do e-commerce do Atacadão, que pode ser um diferencial para o público que não abre mão de certo conforto ao fazer compras e não gosta da experiência nesse estilo de loja.

A aquisição expandirá a presença do Carrefour Brasil em regiões onde há penetração limitada, como o Nordeste e Sul do país, e que, segundo a empresa, oferecem forte potencial de crescimento. Analistas ouvidos pela EXAME afirmam que o Carrefour fez um ótimo negócio porque conseguirá complementar sua operação no Brasil.

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