Não teremos queda da inflação no começo deste ano, diz economista

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 9,25% para 10,75% ao ano na última quarta-feira, 2. A decisão era esperada pelos analistas financeiros e foi justificada para controlar a inflação, que também está nos dois dígitos. Para o economista, professor da Universidade de São Paulo (USP), Heron do Carmo, as perspectivas não são nada animadoras.

“A inflação apresentará uma queda, ao que tudo indica, neste ano, mas não será uma queda que ocorrerá de início. Até abril e maio ainda teremos uma inflação elevada. Sempre que a inflação fica elevada, os salários perdem poder de compra”, disse ele em entrevista ao canal UM BRASIL, uma iniciativa da FecomercioSP, e a qual EXAME teve acesso com exclusividade.

Ainda segundo o economista, que também é membro do Conselho de Economia Empresarial e Política da FecomercioSP, nos próximos meses, a inflação de alguns itens, como os combustíveis, que variou 50% no último ano, deve diminuir, mas em contrapartida, outros vão compensar essa queda, mantendo a inflação alta.

“Nós temos os serviços, como planos de saúde e aluguéis, que estão com 3,5% de inflação, e haverá uma gangorra. Um conjunto de itens apresentará uma variação mais comportada, e outros maiores. Eu diria que pode acontecer, a depender do cenário político, de nós termos uma situação muito mais favorável no ano seguinte. Aí pode ocorrer até a redução de alguns preços”, avalia.

O ano eleitoral de 2022 deve influenciar diretamente na confiança dos investidores e esbarrar na inflação e câmbio. Para Heron do Carmo, com a aproximação da votação e das campanhas, mais fortes no segundo semestre, as pessoas vão começar a se engajar mais. “Inflação e atividade econômica são fundamentais para o desempenho político dos candidatos”, diz.



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