Nordeste e Sudeste: desaprovação de Bolsonaro é maior em regiões decisivas

Para ganhar as eleições de 2022, duas regiões são consideradas essenciais: Nordeste e Sudeste. Juntas, elas concentram quase 150 milhões de habitantes, o equivalente a 70% da população brasileira, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É justamente nesses dois locais onde a desaprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro (que anunciou que irá se filiar ao PL)  é maior, se comparado com outras regiões.

Segundo dados da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, 66% dos nordestinos desaprovam o governo de Bolsonaro. Em janeiro, este percentual era de 40%. Já no Sudeste, são 54% as pessoas que não aprovam a maneira como o presidente administra o país. No começo do ano, eram 35%.

A pesquisa é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A sondagem ouviu 1.277 pessoas entre os dias 18 e 22 de novembro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

 (Arte/Exame)

Maurício Moura, fundador do IDEIA, classifica como “preocupante” o cenário, em especial no Sudeste, porque é onde vive a maior parcela dos eleitores do país. “Bolsonaro continua com avaliações bastante estáveis nas últimas semanas, mas estáveis do ponto de vista negativo, de avaliação ruim e péssimo muito altos”, diz.

Em apuração feita por EXAME, com base na agenda oficial da Presidência da República, disponível no portal oficial do governo, nos últimos três meses, de 25 de agosto a 25 de novembro, Bolsonaro esteve no Nordeste, pelo menos, em sete viagens oficiais. Os compromissos foram assinatura de contratos do governo federal, a lançamento de obras, em especial as que levam água ao semiárido nordestino.

A mesma quantidade de viagens – sete – do presidente teve como destino o Sudeste, no mesmo período. Na agenda estavam inaugurações e anúncio de obras importantes aos quatro estados da região. Além disso, ele participou de cerimônias oficias das Forças Armadas.

Em comparação, a visita a estados do Norte, Sul e Centro-Oeste ocorreram com menor frequência, não passando de três, cada.

“As idas constantes de Bolsonaro a regiões onde a avaliação dele é pior, como é o caso do Nordeste e do Sudeste, são uma tentativa de mudar a percepção dos eleitores. Precisamos verificar se daqui para frente isso realmente vai ter algum impacto nas próximas pesquisas”, avalia Maurício Moura.



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