O ESG importa para o consumidor brasileiro? A KPMG diz que sim | Invest

Uma pesquisa global realizada pela consultoria KPMG mostra que o consumidor brasileiro se preocupa com os aspectos socioambientais e de governança das empresas, na hora de decidir por uma compra. Não somente isso, o brasileiro também é mais preocupado com o ESG do que cidadãos de outros países.

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A pesquisa ouviu 75 mil consumidores de 12 países entre maio e setembro do ano passado. Para um quarto deles, ao menos um fator ESG é importante e 16% consideram relevante o aspecto de consciência social das marcas. É nesse grupo que os brasileiros se destacam. Entre 2019 e 2020, aumentou em 9% a presença de brasileiros entre os mais preocupados com os aspectos socioambientais das empresas.

O índice é o maior entre todos os países pesquisados. Apenas na China o porcentual também cresceu: 8%. “A relevância dos fatores ESG varia entre os mercados. No âmbito global, um em cada quatro consumidores considera que pelo menos um fator relacionado com ESG é importante na sua decisão de compra”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul. “Além disso, os consumidores afirmam que os fatores de ESG se tornaram mais importantes desde a pandemia, mas ainda carregam preocupações concretas em relação a valor e segurança.”

Apesar dos avanços, Gambôa destaca que o caminho a percorrer ainda é longo. É um número que vem crescendo, mas ainda distante do custo-benefício, indicado por 63% dos consumidores, como importante na decisão de compra”, afirma.

ESG é foco dos conselhos

Em termos de estratégia, as empresas parecem já ter entendido o recado dos consumidores. Uma pesquisa do Global Network of Directors Institutes (GNDI), grupo que congrega 22 institutos de governança ao redor do mundo, aponta que os conselhos empresariais estão colocando o ESG como prioridade no cenário pós-pandemia.

Participaram da pesquisa 1.964 conselheiros de 17 institutos em todo o mundo. Foram 94 respondentes brasileiros, que participaram do estudo por intermédio do IBGC entre agosto e setembro de 2020.

Quando perguntados sobre os principais desafios enfrentados durante a crise da covid-19, quase metade dos respondentes globais (47,9%) disseram ser ajustar as estratégias da organização aos novos mercados e ambiente, enquanto 45,2% dos conselheiros afirmaram ser garantir a efetividade das decisões de governança que afetam os stakeholders.

Nesse cenário, o ESG passa a ser um elemento ainda mais relevante, segundo Pedro Melo, diretor-geral do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). “Se levarmos em consideração que a atuação socioambiental de um conselho afeta as partes envolvidas, e os conselheiros estão naturalmente mais preocupados em garantir boas ações de governança para stakeholders, o ESG passa a ser elementar para a  continuidade de uma operação”, afirma.

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