Ordem para Guedes é submergir até eleição no Congresso

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi aconselhado por assessores a submergir até a eleição das duas casas do Congresso, marcada para início de fevereiro. A avaliação é que qualquer coisa que Guedes disser no momento pode e será usada politicamente contra sua pasta, cada vez mais pressionada a aumentar gastos diante da disparada do número de casos da Covid-19 no país.

Os dois principais candidatos apoiados pelo governo para o comando das casas — Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado — já mostraram simpatia pela ideia de prorrogar o auxílio emergencial.

SOS Manaus

O governo federal está estudando medidas para responder ao agravamento da pandemia no Amazonas, onde a rede hospitalar entrou em colapso. Entre as ações em análise está acelerar o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que permite a distribuição de cestas básicas à população carente. Os técnicos também estudam como responder a uma ação civil pública que pede o pagamento de mais duas parcelas do auxílio emergencial de R$ 300 no estado. A defensoria solicita ainda que o benefício seja prorrogado enquanto as filas por leitos nas UTIs obriguem o governo local a decretar medidas de isolamento social. O auxílio emergencial se encerrou em 2020 e não há no momento espaço orçamentário para essa despesa.

Ainda vai piorar

Integrantes da equipe econômica se preparam para um agravamento da pandemia no Brasil ao longo do primeiro trimestre. Uma das preocupações dos técnicos diante das pressões por mais gastos é que os “remédios” que a economia precisa sejam dados no tempo certo. O pior cenário seria dar estímulos contra o desemprego e a pobreza antes do tempo e depois não ter mais nenhuma margem para atuar quando o cenário se deteriorar.

PIB negativo

Integrantes da Economia já estimam que o PIB do primeiro trimestre de 2021 poderá ficar negativo. Os técnicos trabalham com estimativas entre -0,2% e +0,2% — a previsão oficial hoje é de um crescimento de 0,02% para o período. Para lidar com a crise sanitária, mais do que dar estímulos fiscais, é preciso organizar o confuso programa nacional de vacinação, afirma um integrante da pasta.

Temer na Huawei

O ex-presidente Michel Temer negocia com a Huawei um contrato para que ele elabore um parecer constitucional que ateste a normalidade da atuação da empresa como fornecedora de equipamentos às operadoras de telefonia no Brasil. A conversa entre o ex-presidente e a Huawei ainda está na etapa burocrática de assinatura do contrato.

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