Pack com 99 latas e QR Code: cervejaria Pabst quer crescer, sem holofotes

Uma cervejaria que nasceu em Milwaukee, nos Estados Unidos, em 1844, e se tornou a quinta maior no seu país de origem e, em torno da 8ª mais vendida. Com mais de 50 marcas no portfólio. Receita líquida anual de aproximadamente 100 milhões de dólares. E de quem, muito provavelmente, você nunca ouviu falar aqui no Brasil. Essa é a Pabst Brewering Company, empresa que chegou ao país em 2020 e que quer se tornar mais popular junto ao público brasileiro. Porém, nada de propaganda tradicional: comerciais em TV e patrocínios a grandes eventos não fazem, nem de longe, parte da estratégia de marca que a companhia quer passar no país.

Em vez de grandes multidões, a companhia direciona a própria verba de marketing a artistas cuidadosamente selecionados, que não estejam no “mainstream”. Isso porque a companhia prefere estabelecer um diálogo contínuo com essas pessoas — indo além dos tão famosos posts patrocinados em redes sociais. Mesmo sem fazer alarde, em um ano no Brasil, a companhia já faturou R$ 6,2 milhões, dos quais R$ 1,3 milhão foram destinados ao marketing.

“Nós estamos procurando sempre por quem quer estabelecer conexões mais profundas com a marca. Algumas ações que já fizemos foram restaurar bares que entraram em contato conosco e que faziam sentido para a nossa estratégia, financiamos o estudo de artistas que precisavam disso para seguirem com a própria carreira, entre outros. Não nos importamos que as pessoas consumam outros rótulos e mostrem isso, por exemplo. Estamos interessados na conexão”, afirma Edward Carlton, diretor internacional de vendas da Pabst Brewering Company, à EXAME

No mundo físico, a companhia tem uma campanha em 400 mil latas, em que é possível escanear um QR Code (que vem com a recomendação de “não escanear”) e concorrer a produtos licenciados da marca, além de ter uma experiência com realidade aumentada. 

Para entender por que a marca se posiciona assim, é necessário entender parte de sua história. A Pabst, há alguns anos, participava regularmente do Great American Beer Festival, evento anual que reúne centenas de empresas do setor e premia a melhor cerveja da competição. Depois de ficar entre as três primeiras colocadas por muitos anos em seguida, a Pabst, com a entrada do CEO Eugene Kashper, a companhia deixou de participar do evento — por não querer “se gabar” demais, diante das concorrentes.

Globalmente, a companhia atingiu seu pico em 1977, com a produção de 18 milhões de barris. A partir daí, começou a ser conduzida por diferentes CEOs, e em 1982 caiu para a quinta posição em produção de cervejas. A retomada veio só nos anos 2000, com a popularidade crescendo entre o público underground (ou hipster), depois de passar por uma série de aquisições. Hoje, a cerveja é vendida em pelo menos seis mercados: Austrália, Canadá, Ucrânia, Rússia, Brasil e China.

Nesses últimos 20 anos, a companhia tem direcionado seu patrocínio a música índice, negócios locais e equipes esportivas. Além disso, a companhia incentiva a produção de “fan art”, que é depois divulgada nos canais oficiais do Facebook. 



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