Painéis solares com alumínio reciclado levam energia ao Pantanal

Santuário da biodiversidade brasileira, o Pantanal sul-mato-grossense é a casa de uma das mais belas paisagens do Brasil e de cerca de 2.090 famílias, ou cerca de 10.000 pessoas, que vivem em comunidades isoladas espalhadas por 93.000 quilômetros quadrados.

Mas viver em uma área tão singular vem com certos desafios. Até então, a falta de estradas e ferrovias, além dos riscos ao meio ambiente associados a grandes projetos de infraestrutura, apresentava uma complexidade logística que os afastava de um dos fatores mais importantes para o seu bem-estar: o acesso à energia elétrica de qualidade.

A Energisa, em parceria com a Omexom, do Grupo Vinci Energies, encontrou a solução perfeita para este desafio ao desenvolver um sistema inovador composto de quatro módulos fotovoltaicos e alumínio reciclado para produzir energia limpa e renovável na propriedade de cada uma dessas famílias.

Para chegar a algumas das localidades contempladas, é preciso encarar até 40 horas de barco. É por isso que o uso do alumínio fez toda a diferença no projeto Ilumina Pantanal, fruto de uma parceria entre o Grupo Energisa, o governo de Mato Grosso do Sul, o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que prevê um investimento de 134 milhões de reais.

Leve e versátil, o alumínio é facilmente transportado, além de ser resistente e totalmente reciclável. Cerca de 70 toneladas do material foram fornecidas pela Companhia Brasileira de Alumínio, a CBA.

“O objetivo final é fornecer eletricidade de uma fonte 100% limpa e renovável”, destaca Fernando Varella, diretor de Negócios Transformados da CBA. “O projeto permitirá que muitas famílias tenham acesso a itens básicos, como alimento refrigerado, iluminação, especialmente em escolas, e melhor qualidade de vida.”

Inovação sustentável

Os sistemas com painéis fotovoltaicos do Pantanal começaram a ser instalados em julho deste ano e metade do projeto já foi concluída — o término está previsto para abril de 2022.

Cada conjunto é capaz de gerar 80 kWh por mês e totaliza uma potência instalada de 1.380 Wp. A energia gerada é convertida e armazenada em um banco de baterias, garantindo autonomia suficiente para a continuidade do fornecimento de energia mesmo em dias nublados e/ou chuvosos.

Em suma, gera-se o suficiente para atender uma casa com geladeira, televisor, rádio, três pontos de luz e um tanquinho para lavar roupas, por exemplo. “Estamos falando de regiões que praticamente viviam no escuro e dependiam basicamente de geradores altamente poluidores, movidos a diesel e gasolina”, diz Eduardo Matta, business manager da Omexom.

Pela energia adquirida via sistema fotovoltaico, cada família contemplada precisa desembolsar cerca de 30 reais por mês. “É menos da metade do que muitas famílias estavam gastando com a compra de diesel”, acrescenta o business manager. “Uma fazenda atendida pelo projeto, por exemplo, consome agora 5.000 litros a menos desse combustível por semana. É um alívio tremendo para o meio ambiente”.

Tanto a Omexom como a CBA estão preparadas para replicar a solução adotada no Pantanal em outras regiões do país. “É uma forma prática e sustentável de garantir que toda a população tenha acesso à energia elétrica”, resume Matta. Na chamada Amazônia Legal, por exemplo, estima-se que 220.000 famílias, sobretudo de comunidades ribeirinhas ou indígenas, ainda convivam com a falta de energia.

Sobre a CBA

Líder e pioneira no fornecimento de alumínio na América do Sul para o segmento de energia fotovoltaica, a Companhia Brasileira de Alumínio oferece soluções para projetos de geração, transmissão e distribuição de energia.

No segmento de geração, a CBA fornece frames de alumínio para módulos fotovoltaicos e estruturas de sustentação dos painéis, a exemplo dos utilizados no Pantanal mato-grossense, assim como soluções para usinas solares flutuantes e projetos de grande porte das fontes eólica e hidrelétrica.

No âmbito de transmissão e distribuição, a companhia fornece tubos e barramentos de alumínio para aplicação em subestações de energia, além de chapas e folhas para fabricantes de transformadores elétricos.

“A CBA busca se aproximar de seus clientes e fornecedores, cocriando projetos”, acrescenta Varella. “Oportunidades de criar e gerar valor em parceria fomentam o uso de novas tecnologias, incentivam a companhia a ingressar em novos modelos de negócios e promovem relacionamentos de longo prazo.”

 



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