Para 67%, empresas podem exigir vacinação de funcionário, diz EXAME/IDEIA

Com mais de 50% da população brasileira vacinada com pelo menos a primeira dose contra a covid-19, o tema da volta ao trabalho presencial e o fim do home office é o assunto que está em debate no momento. Segundo especialistas em saúde pública, um retorno totalmente seguro só é garantido quando 70% da população tiver tomado as duas doses – ou a vacina de dose única.

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Apesar da vacinação não ser obrigatória no Brasil, muitas empresas estão optando por autorizar o retorno somente daqueles totalmente protegidos. De acordo com a mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, 67% dos brasileiros acham que os empregadores podem exigir a vacinação contra o coronavírus dos funcionários. Os que discordam dessa medida são 12%, e os que nem concordam nem discordam somam 21%.

A pesquisa EXAME/IDEIA ouviu 1.244 pessoas entre os dias 9 e 12 de agosto. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

EXAME IDEIA vacinação covid

 (Arte/Exame)

No fim de junho, a Justiça do Trabalho confirmou, pela primeira vez, uma demissão por justa causa de uma funcionária que se recusou a se vacinar contra a covid-19. A decisão foi do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo e envolveu uma auxiliar de limpeza de um hospital. O entendimento foi de que o interesse particular não pode prevalecer sobre o coletivo. O caso é polêmico e ainda cabe recurso.

Para Maurício Moura, fundador do IDEIA, este debate não ocorre somente no Brasil. Outros países também avaliam a obrigatoriedade da imunização. Grécia e França determinaram a vacinação compulsória, mas apenas para profissionais de saúde.

Uma pesquisa feita no começo de julho pelo instituto Odoxa-Backbone, para a rádio France Info e o jornal Le Figaro, mostrou que 58% dos franceses são favoráveis à obrigatoriedade. Quando perguntados especificamente sobre profissionais de saúde, esse número sobe para 72%.

“Esse é um grande tema também em debate nos Estados Unidos. No Brasil, é alta a taxa das pessoas que acham que deveria ser obrigatório. Na parcela de quem tem curso superior e nas classes mais altas esse número passa dos 70%”, diz Moura.



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