Para diretor do BC, 2ª onda não tem mesmas consequências econômicas da 1ª

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta terça-feira, 12, que uma segunda onda de contaminação pela covid-19 não tem, necessariamente, as mesmas consequências econômicas da primeira onda, verificada em 2020. “Não é nada simples reprisar o choque que vivemos em março e dizer que o impacto agora vai ser o mesmo”, avaliou, durante evento virtual.

Segundo Bruno Serra, em março e abril de 2020 o avanço da pandemia gerou “lockdowns fortes” e as pessoas passaram a ficar em casa.

Agora, a avaliação é de que há um recrudescimento da doença, mas como consequência da volta da mobilidade.

Para o diretor do BC, é difícil estimar que o impacto da segunda onda na economia será o mesmo que o da primeira onda, vista no ano passado.

Grau de estímulo

Bruno Serra afirmou também que a instituição precisou adotar um grau de estímulo monetário “forte” no Brasil, em meio à pandemia do novo coronavírus, mas que isso é “temporário”. “A taxa de juros que precisamos colocar foi em ambiente de choque atípico”, afirmou o diretor, durante evento virtual.

Atualmente, a Selic (a taxa básica de juros) está em 2,00% ao ano, no menor patamar da história. Em suas comunicações, o BC vem pontuando que o atual nível “extraordinariamente elevado de estímulo monetário” é adequado.

Bruno Serra afirmou, no entanto, que “é natural esperar que o estímulo extraordinário vá sair de cena em algum momento”.

Segundo ele, isso já vem sendo projetado pelo mercado. “O debate vai ocorrer”, afirmou, para depois acrescentar que “ainda é o momento de estímulo bastante extraordinário”.

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