Para entregar melhor e mais rápido, Renner investirá R$ 600 mi em CD

A varejista de moda Renner irá investir 600 milhões de reais em um novo centro de distribuição em Cabreúva, SP, que irá atender tanto as operações de lojas físicas quanto o comércio eletrônico.

Com 150 mil metros quadrados, o novo centro praticamente dobra a capacidade atual da empresa. Será o principal CD da empresa e deverá servir para diminuir o tempo de entrega, cortar custos e melhorar serviços. 

A empresa já investiu 100 milhões de reais na estrutura e o restante do valor deverá ser gasto nos próximos três anos, com previsão de início de operação em 2022. Cerca de 42,5% dos investimentos do trimestre foram nesse centro, principalmente em soluções de automação.

O desenvolvimento do centro também faz parte do processo de transformação digital da companhia, para tornar sua operação mais omnichannel. 

“Ao longo de 2020, todas as lojas serão omnichanel e digitalizadas”, afirmou o diretor presidente Fabio Adegas Faccio em coletiva. “A digitalização melhora a acuracidade dos estoques e reduz riscos de ruptura no abastecimento.”

Com o estoque integrado, tanto de lojas físicas quanto online, a empresa ganha em eficiência e controla melhor o seu estoque, afirmaram executivos durante teleconferência com analistas para divulgação de resultados.

Principais números

A rede varejista Lojas Renner registrou lucro líquido de 189,3 milhões de reais no terceiro trimestre de 2019, desempenho 2,6% inferior ao reportado no mesmo período do ano passado. As vendas aumentaram quase 13% no período.

O destaque positivo do trimestre foram as vendas da marca jovem Youcom, que cresceram 24% no trimestre, com abertura de 6 lojas. A divisão financeira da empresa, outro destaque positivo, cresceu 19%.

Se no trimestre anterior o inverno atrasado prejudicou as vendas da empresa, o clima impulsionou as vendas da empresa neste período.  As duas marcas de moda, Youcom e Renner, se beneficiaram de temperaturas mais baixas em julho, que impulsionam a venda dos itens mais pesados e, normalmente, mais caros, e da boa recepção do público das coleções de primavera e verão. 

Por outro lado, a companhia enfrentou dificuldades com sua marca de artigos para casa e decoração, a Camicado, no trimestre. Por conta de mudanças no mix de produtos, o estoque ficou prejudicado e a empresa enfrentou problemas de ruptura – quando o cliente vai à loja e não encontra o que está procurando, levando à perda da venda para a Camicado. As receitas caíram 3,7% no período.

“Perdemos a oportunidade de vender um pouco mais, mas já endereçamos ações para melhora da eficiência”, afirmou Faccio.

Otimismo

Com os resultados positivos, as ações da companhia valorizaram 1,9% hoje, 25. “Depois de dificuldades piores que o imaginado no segundo trimestre, a Lojas Renner pode ser um dos destaques nesse trimestre, como esperado”, afirmou o BTG Pactual em relatório.

“Os resultados do 3T19 da Renner reafirmaram a capacidade da empresa de fornecer coleções fortes e gerenciar assertivamente seu inventário, o que acabou suportando níveis de vendas saudáveis, mostrando por que é uma das principais empresas do segmento de varejo de vestuário brasileiro”, escreveu o Brasil Plural em análise sobre o balanço. 

Mesmo com o IPO da concorrente C&A no horizonte e uma recuperação lenta da economia e, por consequência, das vendas no varejo, a Renner se mantém como uma das líderes no segmento de moda e uma das preferidas entre investidores. 

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