Pesquisadores encontram grupo raro que pode ser chave para cura do HIV

Desde o início da epidemia global de aids, 76 milhões de pessoas foram infectadas com o HIV e 38 milhões de pessoas vivem atualmente com o vírus. A Abbott, empresa líder global de cuidados para a saúde, anunciou hoje (2) que uma equipe de cientistas encontrou um número excepcionalmente alto de pessoas na República Democrática do Congo (RDC) conhecidas como “controladores de elite do HIV”.

Essas pessoas têm teste positivo para anticorpos do HIV, mas contam com uma contagem de carga viral baixa ou não detectável, e sem o uso de antirretrovirais de tratamento. A descoberta inovadora, publicada na revista científica EBioMedicine, pode ajudar os pesquisadores a descobrir tendências biológicas nesta população, podendo levar a avanços nos tratamentos do HIV e potenciais vacinas.

Pesquisadores da Abbott, da Universidade Johns Hopkins, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas da Universidade de Missouri, no Kansas, e da Universidade Protestante do Congo estimaram que a prevalência de “controladores de elite” do HIV, entre os 10.000 participantes analisados no estudo, é de 2,7% a 4,3%, em comparação com 0,1% a 2% de prevalência em todo o mundo.

A nova pesquisa vai estimular estudos adicionais que procuram compreender esta resposta imunológica única. Os resultados do estudo podem aproximar pesquisadores do objetivo de reduzir a disseminação do HIV, descobrindo ligações entre a supressão natural do vírus e futuros tratamentos.

“A descoberta de um grande grupo de controladores de elite do HIV na República Democrática do Congo é significativa, considerando que o HIV é uma condição crônica, de longo prazo e que normalmente avança com o tempo”, diz Tom Quinn, diretor do Centro Johns Hopkins para Saúde Global e um dos autores do estudo.

“Antes deste estudo houve casos raros de infecção não progressiva em indivíduos, mas esta alta frequência encontrada é incomum e sugere que há algo interessante acontecendo em um nível fisiológico na República Democrática do Congo que não é aleatório”, complementa o coautor.

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