Petrobras tenta reverter suspensão de oferta de R$ 3 bilhões

Órgão diz que estatal infringiu regra que proíbe manifestação na mídia sobre a operação até sua conclusão

Por Reuters

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31 ago 2019, 14h58

A Petrobras disse que “está tomando as medidas cabíveis para reverter” a suspensão pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de uma oferta de 3 bilhões de reais em debêntures que visa financiar atividades de exploração e produção de petróleo e fortalecer seu caixa.

A CVM anunciou na sexta-feira a suspensão por até 30 dias da transação, alegando que a estatal infringiu regra que estabelece que empresas e instituições envolvidas em ofertas públicas devem se abster de manifestação na mídia sobre a operação ou a ofertante até sua conclusão.

O movimento da reguladora de mercado veio após a diretora-executiva de Finanças e Relacionamento com Investidores da Petrobras, Andrea Almeida, ter participado na terça-feira de entrevista transmitida ao vivo pelo YouTube realizada pela XP Investimentos, uma das coordenadoras da oferta.

Em comunicado na noite de sexta-feira, a Petrobras disse que tentará retomar a oferta e que “está avaliando as consequências no cronograma”, prometendo manter o mercado “devidamente informado sobre ajustes que se fizerem necessários”.

A companhia ainda esclareceu que “investidores que já tenham aderido à oferta, se assim desejarem, terão o prazo de cinco dias úteis para desistir do investimento”.

Durante a entrevista a analistas da XP, a executiva da Petrobras comentou as estratégias da atual gestão da empresa e, ao fim, recomendou a investidores que comprem ações da companhia, projetando boas perspectivas à frente.

“Eu acho que a gente tem uma oportunidade brilhante aí no mercado…comprem a ação”, afirmou Almeida, citando ainda acreditar que a petroleira vai cumprir as metas do seu plano estratégico.

Em seu comunicado, a Petrobras destacou que “o investidores deve basear sua decisão de investimento na documentação da oferta” e em informações divulgadas pela companhia ao mercado, “desconsiderando informações por parte de seus representantes”.

Segundo a companhia, esse comentários “podem conter impressões pessoais não adstritas a aspectos técnicos e sem apresentar aos potenciais investidores os riscos inerentes aos valores mobiliários emitidos”.

A emissão de debêntures foi aprovada pelo conselho da Petrobras no final de julho. A emissão prevê até três séries, com vencimento em setembro de 2029, setembro de 2034 e setembro de 2026.

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