Por que a Clickbus acredita que 2021 pode ser o melhor ano da empresa

A Clickbus, empresa especializada na venda de passagens de ônibus on-line, passou maus bocados em 2020. Com as restrições causadas pela covid-19 — e o medo de viajar — a receita da empresa chegou a ser reduzida em mais de 90% nos meses de março e abril. Em 2021, o cenário é outro: a vacinação avança no país e, somada à vontade de viajar, trouxe como resultado ganhos que já superam os patamares de 2019, considerada a comparação de junho a agosto. Na visão de Phillip Klien, CEO da Clickbus, esse é um patamar que deve ser mantido até o fim do ano, triplicando a receita obtida há dois anos.

Para o executivo, grande parte desse crescimento está associada à maior procura por compras no ambiente digital. No caso das viagens de ônibus, trata-se de um percentual ainda muito pequeno, na casa dos 20% atualmente. “Depois da queda expressiva em 2020 no número de viagens, o setor chegou a vender 40% das passagens on-line. Hoje, o que temos ainda é um crescimento em relação à participação de 12% que tínhamos em 2019, mas sem dúvida, há muito espaço para crescer”, afirma. Mesmo antes da pandemia, a Clickbus já crescia de forma significativa dentro do segmento. De 2013 a 2019, a empresa registrou uma taxa de crescimento anual composta de 146%.

Rumo a tomar o caminho do crescimento após a fase crítica de restrições causadas pela pandemia, a empresa permanece com o mesmo foco: tornar o processo de compra de bilhetes de ônibus totalmente digital. É um percurso com desafios, certamente: em uma pesquisa conduzida pela empresa no mês de junho, 33% a 34% dos passageiros que já usaram os serviços da Clickbus ainda vão ao guichê comprar a passagem. 

Para vencer esse desafio, a empresa investe em educação digital, com foco em mostrar que o processo de compra on-line pode trazer benefícios como segurança. Em 2020, a Clickbus criou um selo de melhores práticas contra a covid-19, em que pelo menos 100 viações — das 160 com as quais a empresa trabalha — aderiram. O material funcionava como uma espécie de cartilha e, para o consumidor, era possível saber que se estava viajando em uma empresa que adotava práticas para evitar a disseminação da doença.

Além disso, a empresa investiu em mais ferramentas digitais, como a possibilidade de pagar passagens usando PIX e até mesmo de parcelar o valor do bilhete. Num país em que 74% dos consumidores brasileiros consideram o preço dos produtos como o principal critério de decisão de compra nos e-commerces, segundo pesquisa da Lett e Opinion Box, a empresa também vê a possibilidade de aumentar a quantidade de promoções. Dessa forma, acredita que será possível trazer um hábito parecido com o da compra de passagens aéreas: quem comprar mais cedo, tem direito a mais descontos.



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