Brasil, Todos
Nenhum comentário

Por que a média de mortes por covid segue alta no Brasil?

Mesmo com mais de 70% da população vacinada com duas doses ou aplicação única, o Brasil ainda possui uma média móvel de mortes por covid acima de 800. Especialistas apontam que a maior parte das vítimas é formada por idosos, vulneráveis e não imunizados. Nesse quadro, a alta transmissibilidade da cepa Ômicron tem aumentado as internações em leitos de enfermaria e UTI em praticamente todo o País.

Entenda como o avanço da vacinação afeta seus investimentos. Aprenda com a EXAME Academy

Em São Paulo, por exemplo, um terço dos óbitos pelo coronavírus é de pessoas que não completaram o esquema vacinal. O restante é de pacientes com alguma comorbidade grave, cujo quadro é agravado pela covid. Outro dado importante apontado por pesquisas sobre o impacto da variante Ômicron é de que as duas doses das vacinas disponíveis continuam reduzindo o risco de casos graves da doença, mas há perda de uma parte da proteção. Por isso, alguns lugares já estão aplicando a quarta dose.

O impacto da covid longa também é estudado por especialistas. Ou seja, muitos que pegaram a doença tempos atrás ainda estão sentindo o reflexo dela, podendo até levar à morte. “A covid não é independente. Há interação e a gente já sabe disso”, explica Marcia Castro, professora da Escola da de Saúde Pública de Harvard, lembrando que recentemente a revista Nature Medicine publicou um artigo sobre isso.

Dois números no total de mortes de janeiro chamam a atenção. Em janeiro de 2019, por exemplo, 1.337 pessoas morreram de AVC. Já no primeiro mês deste ano foram 10.326 óbitos. Em doenças cardio-vasculares, se em 2019 o número foi 5.968, em janeiro deste ano chegou a 14.703. “Tem aumento significativo de AVC, enfarte, pneumonia. Então ficam várias questões e, quando tivermos mais dados, vamos conseguir entender”, continua.

“Os números indicam que pode ser efeito da covid longa, que contribui para as complicações cardíacas. Estudos mostram que, mesmo quem teve sintoma leve, tem risco maior de desenvolver essa doença”, diz. Marcia lembra que são necessários outros dados para investigar melhor o tema. “Análise que terá de ser feita daqui para frente é olhar para saber se a pessoa que morreu por doença crônica teve covid em algum momento antes.”



Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Brasil, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu