Prefeitura do Rio suspende todos os pagamentos a fornecedores

Capital fluminense passa por uma crise financeira que tem afetado, principalmente, a área da saúde

Rio de Janeiro — Em meio aos arrestos nas contas da prefeitura do Rio de Janeiro, uma resolução do secretário municipal de Fazenda, Cesar Barbiero, suspendeu todos os pagamentos a fornecedores do município e demais movimentações financeiras até segunda ordem. O bloqueio nas operações da Subsecretaria do Tesouro vale desde as 14h desta segunda-feira. A resolução está no Diário Oficial do do Município.

A prefeitura já teve mais R$ 92,1 milhões bloqueados  na ação trabalhista para pagar dívidas com funcionários das Organizações Sociais da Saúde, que estão em greve devido a atrasos no pagamento dos salários de outubro, novembro e do 13º salários. Os arrestos ocorreram em contas do Banco do Brasil onde estavam depositados os saldos das contas das chamadas fontes 100 (recursos do tesouro) 109 (multas de trânsito).

Segundo o TRT, nesta segunda-feira foi  expedido mandado para o Banco do Brasil para que desses R$ 92,1 milhões bloqueados, R$ 76,8 milhões sejam repassados para as OSs.

Normalmente, no caso das multas de trânsito  empregado para quitar compromissos com uma série de fornecedores, como as empresas que operam os pardais e financiam também parte das atividades da Secretaria de Ordem Pública. A informação sobre o arresto foi divulgada pelo advogado José Carlos Nunes, que representa os sindicados dos auxiliares e técnicos de Saúde; bem como os agentes comunitários de saúde.

Na sexta-feira, a prefeitura já tinha sofrido um primeiro arresto nas contas da prefeitura no BB, no valor de R$ 67 milhões, complementado agora com o saldo das multas de trânsito na fonte 100. O saldo  restante saiu das contas no mesmo dia da fote 109.

Mais cedo, O GLOBO informou que o total acumulado de arrestos no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) já chegara  R$ 159,1 milhões. No entanto, essa informação,divulgada pelos sindicatos estava errada. Os números corretos foram divulgados no fim da tarde pelo TRT.

Como o GLOBO revelou, vários órgãos municipais reivindicam parte desses recursos para auto se financiarem. Essa soma chega a R$ 95 milhões sendo R$ 25 milhões da Procuradoria Geral do Município; R$ 50 milhões da Câmara do Rio e R$ 20 milhões do Tribunal de Contas do Município. Uma nova  audiência de conciliação está marcada para esta terça-feira.

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