Presidente da Air Europa quer criar companhia aérea “popular” no Brasil

O ministro do turismo, Gilson Machado Neto, se reuniu com Juan José Hidalgo, presidente da Globalia, para discutir a criação de uma nova companhia aérea low-cost no Brasil. Esse é apenas o encontro mais recente de um longo namoro do grupo espanhol – dono da Air Europa – com o mercado nacional: já há negociações para operar voos domésticos por aqui desde 2019.

Com a crise econômica provocada pela pandemia da covid-19, esses planos esfriaram internamente, de acordo com a Reuters. E, por isso, o processo junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também foram suspensos. Mas o encontro do executivo com representantes do governo na última semana, em Punta Cana, na República Dominicana, deu novo fôlego à ideia.

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“Se conseguirem ter uma empresa com baixo custo, o Brasil teria uma nova companhia aérea forte”, diz Hidalgo. Segundo o presidente da Globalia, não existe outro país na América Latina com mais força para atrair turistas estrangeiros e, caso receba apoio do poder público, o grupo trabalhará para ter operações de uma nova empresa aérea para o mercado interno brasileiro.

Outro ponto defendido pelo executivo foi a promoção dos destinos locais não somente na Espanha, mas em toda a Europa. E esse posicionamento foi reiterado por Carlos Brito, presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur): “Temos certeza de que parcerias com outros países nos deixarão ainda mais preparados”, afirmou durante a reunião.

De olho no Brasil: grupo espanhol analisa mercado desde 2019

De olho no Brasil: grupo espanhol analisa mercado desde 2019 (Air Europa/Divulgação)

Para destacar o potencial do mercado nacional de aviação e a oportunidade para abertura de uma nova companhia aérea aqui, o ministro Gilson Machado Neto relembrou o processo de privatização realizado no último mês, quando 22 aeroportos foram negociados com ágio de 18 vezes em comparação ao valor inicial. “Teremos uma retomada muito forte no turismo”, disse.

Atualmente, o grupo Globalia opera em 20 países, inclusive com voos no Brasil, e negocia a venda da Air Europa para a concorrente Iberia – acordo que, antes da pandemia, estava listado em 1 bilhão de euros, equivalente a 6,3 bilhões de reais na cotação atual, mas que agora caiu para metade do preço. Por ora, a negociação também depende da aprovação de órgãos reguladores.

Caso realmente fechem negócio, o pagamento pela companhia (com 66 aeronaves na frota e 12 milhões de passageiros em 2019) será realizado somente em 2026, depois que o grupo comandado por Juan José Hidalgo quitar empréstimos atuais. Atualmente, o International Airlines Group (IAG), controlador de Aer Lingus, British Airway, Iberia, Level e Vueling opera 533 aeronaves.

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