Professor de Harvard ficou bilionário com vacina de coronavírus da Moderna

As ações da empresa de biotecnologia Moderna subiam mais de 20% na tarde desta nesta segunda-feira, 18, depois que a companhia divulgou testes bem-sucedidos de uma potencial vacina contra o coronavírus.

Mesmo antes desses primeiros resultados, as ações da Moderna já acumulavam alta de mais de 200% no ano até sexta-feira, 15, com a notícia de que a empresa havia começado a testar o projeto de vacina em janeiro e com os avanços na pesquisa, que ganhou inclusive apoio financeiro do governo americano.

Todo esse crescimento gerou um novo bilionário: o professor de Harvard Timothy Springer, que foi o primeiro investidor pessoa física da Moderna. A companhia foi fundada em 2010 em Massachusetts, onde fica a Universidade Harvard e onde a Moderna tem sua sede até hoje.

A empresa nasceu com base na pesquisa de um outro professor de Harvard, Derrick Rossi. Rossi, então, procurou Springer e outros co-fundadores para colocar a companhia de pé. A empresa também contou com aporte inicial da empresa de venture capital Flagship Pioneering, especializada em investimentos em companhias de saúde e ciência.

Oito anos após a fundação, a Moderna abriu capital na Nasdaq, uma das bolsas de Nova York, em 2018. Na ocasião, foi o maior IPO de uma empresa de biotecnologia na história dos Estados Unidos. A ação foi vendida a 23 dólares e a empresa foi avaliada em 7,5 bilhões de dólares. Na sexta-feira, 15, data do último pregão fechado, a Moderna valia 24,8 bilhões de dólares, mais que o triplo do preço do IPO.

Com a alta nesta manhã após os resultados da vacina, a companhia já passou de 30 bilhões de dólares em valor de mercado, com ação negociada a mais de 82 dólares por volta das 12 horas desta segunda-feira.

Segundo a Forbes, Springer tem uma fatia de 3,5% da Moderna, que comprou com um aporte inicial de 5 milhões de dólares em 2010. Partindo do total de ações que a empresa tinha em fevereiro, no último balanço divulgado, o professor teria quase 13 milhões de ações.

Assim, entre o primeiro investimento e os papéis em 2020, o retorno foi de mais de 17.000%. Hoje, com a ação acima de 80 dólares, o professor teria um patrimônio de quase 1,1 bilhão de dólares só em papéis da Moderna.

Na sexta-feira, esse montante ficava abaixo de 900 milhões. Mas mesmo na semana passada, a Forbes já avaliava Springer como bilionário com base em seus investimentos em outras empresas menores de biotecnologia, que, somadas às ações da Moderna, já passavam de 1 bilhão de dólares. Em duas dessas empresas, Springer é também co-fundador, e elas foram criadas com base em sua pesquisa em Harvard.

No começo do ano, o patrimônio do professor, se contabilizadas só suas ações na Moderna, já era vistoso, na casa de 250 milhões de dólares. A ação valia, no começo do ano, menos de 20 dólares. Mas nada comparada aos valores que atingiu com os avanço nos testes da vacina.

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