Promissor contra covid, remédio dos EUA poderá ser produzido no Brasil

A Fiocruz está em “conversas avançadas” com a empresa farmacêutica americana MSD para determinar um modelo de cooperação técnica para produzir no Brasil o antiviral molnupiravir. A nova droga desenvolvida contra a covid-19 se revelou muito promissora no tratamento da doença em estudos conduzidos no exterior. Segundo a farmacêutica, o remédio reduziu em aproximadamente 50% os riscos de internação e morte em um estudo de fase 3.

Esta semana, a MSD solicitou à agência reguladora de drogas e alimentos dos EUA (FDA na sigla em inglês) autorização para uso emergencial do remédio. Se a droga receber sinal verde da FDA, será o primeiro medicamento oral indicado para casos leves e moderados de covid-19.

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“A Fiocruz tem acompanhado diversos projetos candidatos para o tratamento da covid-19”, explicou a fundação em nota. “Os projetos enviados à fundação passam por avaliação de uma comissão técnica criada para essa finalidade com o objetivo de avaliar os resultados preliminares e a tecnologia de produção.”

A nova droga é um antiviral que funciona “atrapalhando” a replicação do Sars-CoV-2. O vírus é induzido ao erro no momento da replicação e perde a força. Ele deve ser aplicado ao longo de cinco dias. Atualmente, o tratamento nos EUA está custando cerca de US$ 700 (R$ 3,5 mil).

Caso as negociações sejam bem sucedidas, a ideia é fabricar o remédio em Farmanguinhos, no Rio de Janeiro. Para que seja produzido e distribuído no Brasil, o medicamento precisa, inicialmente, do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no País. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) também precisa avaliar se o produto será incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O primeiro estudo clínico global com o molnupiravir revelou que o antiviral reduziu em aproximadamente 50% o risco de hospitalização e morte. Até o 29º dia do experimento, nenhuma morte foi relatada entre os pacientes que receberam o medicamento. No grupo que tomou placebo (substância inócua), no entanto, foram registrados oito óbitos.



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