Puxado por fintechs, investimento em startups triplica no Brasil em 2021

A corrida pela digitalização e a grande liquidez global levaram os fundos de venture capital, que investem em startups, a bater um novo recorde anual de aportes no Brasil. Esses fundos aportaram R$ 46,5 bilhões no ano passado em startups brasileiras triplicando a cifra registrada um ano antes, segundo pesquisa da KPMG e da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap), obtida com exclusividade pelo Estadão/Broadcast. Foi o quarto ano consecutivo de resultado recorde.

O impulso veio principalmente das startups ligadas ao setor financeiro (fintechs) e ao segmento de seguros (insuretechs), que concentraram quase 30% desse montante, conforme o levantamento. A lista dos dez maiores aportes em startups realizados no ano passado mostra bem esse domínio, com quatro operações ligadas ao setor financeiro.

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Como resultado da grande injeção de liquidez nas startups, o Brasil teve uma “avalanche” de novos unicórnios, como são chamadas as empresas que passam a ter uma avaliação no mercado superior a US$ 1 bilhão. Entre elas estão a MadeiraMadeira, Mercado Bitcoin, C6 Bank, Facily e Olist.

Na contramão

Já fundos de private equity, que investem em empresas mais maduras, no entanto, foram na direção contrária, mostra o levantamento da KPMG e Abvcap. Os investimentos dessas gestoras no Brasil caíram 19%, para R$ 7,3 bilhões, refletindo os fracos indicadores econômicos locais.

O presidente da Abvcap, Piero Minardi, aponta que esse descolamento dos investimentos para as startups é uma realidade brasileira. Em outros países, essas cifras costumam andar juntas – em geral, os cheques dos fundos de private equity são mais gordos.

O problema, aqui, é a falta de confiança no avanço do Produto Interno Bruto (PIB) – hoje, o mercado prevê um crescimento inferior a 0,3% para 2021, resultado muito abaixo da média global. “O venture capital é menos sujeito ao crescimento da economia”, frisa Minardi, que comanda o fundo americano Warburg Pincus no Brasil. A gestora que está por trás de grandes negócios, como a Petz.

Minardi lembra que, ao longo dos últimos anos, os private equities também tiveram suas atividades abaladas pela volatilidade do câmbio – o que continuar a ser um problema ao longo de 2022.



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