Quer investir em franquias? Especialista aponta 5 maiores erros de gestão

Franquias são considerados negócios mais seguros do que empresas abertas por conta própria porque são modelos testados em diversas unidades e regiões.

Isso contribui para atrair cada vez mais empreendedores ao franchising, que, tendo o suporte da franqueadora, se sentem mais seguros em investir.

Contudo, este modelo de negócio também tem seus desafios.

Por serem lojas de marcas estabelecidas, os administradores precisam seguir determinadas as regras da franqueadora detentora da marca.

É necessário cumprir procedimentos específicos e, sobretudo, manter o padrão de qualidade esperado.

Para o especialista Leandro Castelo, presidente e CEO da 300 Franchising Exponencial – aceleradora com 90 marcas e sete mil unidades de franquias em todo o Brasil –, muitos negócios não prosperam por erros de gestão.

“O empreendedor não se prepara adequadamente ou confunde a empresa com um negócio próprio”, resume o especialista.

Leandro Castelo, presidente e CEO da 300 Franchising Exponencial

Leandro Castelo, presidente e CEO da 300 Franchising Exponencial (EXAME/Exame)

Mesmo havendo suporte da franqueadora, é fundamental que o proprietário se aprofunde no mercado e no segmento que empreende, tenha interesse pela operação e gerenciamento no dia a dia.

Castelo, também chamado de “rei das franquias” pelo sucesso como empresário do ramo, aponta cinco erros comuns no que diz respeito à administração das lojas.

1) Falta de planejamento

As franquias, em geral, possuem um plano de negócios.

O planejamento costuma ser elaborado em conjunto por franqueador e franqueado.

Contudo, não significa que o empreendedor não tenha de desenvolver estratégias específicas para o seu estabelecimento.

“Muitos empreendedores acreditam que o plano de negócios da franqueadora resolve todos os problemas.

Não é assim”, frisa Castelo, “O gestor precisa, no mínimo, entender o ponto onde fica a loja e o público que a frequenta. Isso já é motivo para ter um planejamento próprio, aliado ao da marca”.

É necessário aperfeiçoar forma de atingir o público, com técnicas de vendas, por exemplo.

Há programas com informações demográficas que auxiliam na identificação do melhor ponto comercial.

2) Não dispor de capital de giro

Independentemente do modelo, todas as empresas precisam de capital de giro.

Por isso o setor financeiro é fundamental para manter o negócio funcionando sem sobressaltos.

“O capital de giro é importante no início, quando se está abrindo o negócio e, fundamental no decorrer dos meses. Aliás, quem empreende tem que saber que imprevistos vão acontecer. Por isso, ter uma reserva financeira é fundamental”, sinaliza Castelo.

O resultado para quem empreende não vem a curto prazo, o planejamento financeiro é a médio e longo prazo.

3) Equipe sem treinamento

Empresas que vendem diretamente ao cliente precisam prover algum treinamento aos funcionários para que o estabelecimento seja reconhecido por um padrão de atendimento.

Em franquias, isso é ainda mais necessário.

“Todos os funcionários precisam estar cientes das boas práticas de atendimento”, pontua Castelo,“Unidades franqueadas que não treinam a equipe tendem a obter resultados inferiores ao esperado. Capacitar o funcionário é um investimento”.

As franqueadoras dão suporte de treinamento.

4) Ignorar a sazonalidade

Sorveterias vendem mais no verão, ao passo que a procura por roupas de frio cresce no outono e no inverno.

Esses são exemplos de como a sazonalidade interfere na dinâmica das vendas.

Segundo Castelo, conforme o setor de atuação e os produtos comercializados pela franquia, o gestor precisa entender que o faturamento pode variar consideravelmente ao longo do ano.

“Esperar obter a mesma receita em períodos favoráveis e desfavoráveis ao negócio é um erro que não pode acontecer. Para contornar a sazonalidade, a loja pode ampliar o mix de produtos, o que sem dúvida ajuda a reduzir a queda do faturamento”, explica.

5) Descumprir as regras da marca

O investimento em uma franquia impõe regras que devem ser seguidas.

A franqueadora pode exigir, por exemplo, determinadas formas de atendimento e que a loja seja decorada de acordo com a linguagem da marca. Além disso, a unidade tem que pagar uma taxa relativa à concessão de uso da marca e royalties sobre os lucros.

“O descumprimento do plano de negócios e de cláusulas contratuais podem levar à ruptura do acordo ou dificultar a consolidação do estabelecimento no mercado.

Sugiro que os franqueados sigam todas as regras, até porque acho que ninguém quer perder o dinheiro que investiu”, conclui Castelo.

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