QuintoAndar capta US$ 300 milhões e passa a valer US$ 4 bilhões

Braga afirma que, ainda que a operação de aluguel esteja mais madura, com presença em 40 cidades, há segmentos que ainda podem ser melhor “endereçados”. Um exemplo foi conhecido na última semana, quando o QuintoAndar lançou em escala comercial um programa de capacitação e incentivo a corretores para avançar no chamado mercado offline, de proprietários de imóveis que não usam aplicativos nem sites.

Os planos no segmento de aluguel incluem a expansão geográfica, que, nesse caso, vai continuar a acontecer de forma gradual, segundo ele.

As principais novidades devem vir das demais frentes de negócios. “A operação de compra e venda de imóveis usados está só no começo, mas estamos muito animados com os resultados. E queremos ainda inovar muito na finalização dos negócios, no crédito imobiliário e no aumento da certeza da transação para as partes”, afirma.

É um segmento em que a startup também ocupa a liderança, apesar do tempo reduzido no mercado, graças em parte à aquisição da imobiliária Casa Mineira no mês de março, por valor não revelado. Ao todo, ela está presente em quatro capitais nessa frente de negócios: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Destravando a compra

A inovação em compra e venda, segundo ele, passa nessariamente por novas soluções financeiras. “Por exemplo, há muitas pessoas que querem comprar, possuem renda, mas não têm dinheiro para dar de entrada. Pensamos: ‘o que poderíamos apresentar de solução para destravar o processo?'”

Segundo Braga, apenas de 1% a 2% do estoque de imóveis tem giro anual no país, o que dá a dimensão do potencial de crescimento desse mercado do ponto de vista de ganho de liquidez.

“Acreditamos que criando novos meios de pagamento será possível destravar o mercado”, antecipa Braga sobre o que está no plano de desenvolvimento do QuintoAndar.

É uma área estratégica que se tornou um dos pontos fortes da startup. Uma das inovações que serviram como grande diferencial no mercado na sua chegada foi a dispensa de apresentação de fiador ou do pagamento de um valor como caução para o aluguel, graças à análise financeira do inquilino potencial e à parceria com uma seguradora.

“Há muita inovação na intersecção entre real estate e fintech. Nós gostamos muito de ter a fintech embutida no processo, assim como fizemos com o aluguel. Isso gerou um curto-circuito positivo para o mercado. E acreditamos que na parte de venda de imóveis também tem coisas para sair, em crédito, seguros, para tornar a transação mais certeira”, diz.

Chegada ao México

Na frente da expansão internacional, Braga explica a escolha do México, em vez de países mais próximos geograficamente, como Argentina ou Chile. “O que foi prioritário para a decisão foi o tamanho de mercado. É o segundo maior da região depois do Brasil”, explicou. Segundo ele, a operação está na fase de planejamento, sem que seja possível determinar se a estreia será ainda em 2021.

“É literalmente uma nova fronteira em que vamos ter que aprender, entender e resolver”, afirmou.

Será também mais um capítulo de uma jornada que começou ali no vizinho Estados Unidos, na Califórnia, onde Braga e Penha se conheceram ao cursar o MBA na escola de negócios da Universidade Stanford, a GSB.

De volta ao Brasil, eles fundaram o QuintoAndar em 2013 com a proposta de reduzir burocracias e simplificar o processo de aluguel no país, levando ao mercado brasileiro inovações hoje mais comuns, como o agendamento online de visitas ao imóvel, além da já citada dispensa de fiador para o inquilino. O resto é história.

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