Redução de bolsas levam pós-graduandos a trabalhar como Uber

O ingresso em uma pós-graduação é uma realização para muitos pesquisadores mas, sem bolsa e enfrentando a crise econômica, estudantes recorrem à informalidade para bancar os estudos. Sem carteira assinada, os jovens pesquisadores entram no grupo dos 34,7 milhões de brasileiros que estão na informalidade, segundo dados da Pnad divulgados nesta sexta.

Em dez anos, o número de bolsas ofertadas pelo CNPq caiu 68% para o mestrado e 80% para o doutorado, por descontinuidade e cortes no orçamento da pasta, segundo banco de dados do próprio CNPq. E os valores de R$ 1.500 para mestrado e R$ 2.200 para doutorado não sofrem reajustes há 8 anos.

Para obter uma bolsa, o candidato não pode ter vínculo formal de trabalho. Como o valor é baixo, mesmo quem consegue uma, muitas vezes se vê obrigado a complementar o orçamento com o trabalho informal.

O cenário de poucas bolsas para mestrado e doutorado fez com que muitos recorressem a subempregos. Para o economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, é reflexo da queda do fomento à ciência e da alta da inflação desde o começo da pandemia, que demanda uma fonte de renda a curto prazo, ainda que com salários abaixo do esperado para a profissionalização.

Conheça a história de quatro pós-graduandos que, diante do aperto econômico e da falta de bolsas, abdicam do tempo dedicado à pesquisa acadêmica, sua profissão, para sobreviver.



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