Reunião do Fed, ata do Copom, fusões no Cade e o que move o mercado

Depois de um começo de semana em queda, os principais índices de da Europa e futuros dos índices americanos operam em leve alta na manhã desta terça-feira, 14, no compasso de aguardo da decisão do Federal Reserve — e de outros bancos centrais do mundo desenvolvido, como o BCE, o BoE e o BoJ — sobre os próximos passos da política monetária. A última reunião do ano do Fed começa hoje, com anúncio feito amanhã à tarde.

Veja a seguir os principais índices de ações às 6h30 de Brasília:

  • STOXX 600 (Europa): +0,34%
  • FTSE 100 (Londres): +0,56%
  • DAX (Frankfurt): +0,33%
  • CAC 40 (Paris): +0,35%
  • Futuro do S&P: +0,25%
  • Futuro do Dow Jones: +0,29%
  • Futuro da Nasdaq: +0,14%
  • Nikkei (Tóquio): -0,73%

Veja a seguir os destaques desta terça-feira:

Começa a reunião do Fed

Há uma expectativa não consensual no mercado de que, diante das recentes declarações de Jerome Powell, presidente do BC americano, e de dados mais recentes de inflação e emprego, o programa de retirada de estímulos por meio da compra de ativos seja acelerado. Isso significaria, por tabela, antecipar o aumento do juro em 2022.

Essa expectativa foi o principal fator que, segundo analistas, levou à queda das bolsas globais ontem.

Depois do Fed, será a vez da última reunião do ano do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) na quinta-feira e do Banco do Japão (BoJ) na sexta.

Sai a ata do Copom

O Banco Central divulga às 8h a ata da reunião do Copom da quarta-feira passada, dia 8, em que a taxa foi elevada de 7,75% para 9,25% ao ano e, mais importante, na qual os integrantes adotaram um tom mais duro sobre a condução da política monetária.

“O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, apontou o comunicado que saiu com a decisão.

No boletim Focus divulgado ontem, as projeções para a inflação em 2022 se mantiveram estáveis, mas para 2023 e 2024 tiveram recuo marginal, de 3,50% para 3,46% (ainda acima do centro da meta, de 3,25%) e de 3,10% para 3,09%, respectivamente.

Analistas reagiram à divulgação do IPCA de novembro abaixo do esperado, mas a avaliação do mercado é que serão necessários dados adicionais de inflação para que o Copom possa rever essa nova postura.

Hapvida-NotreDame e Unidas-Localiza

As ações de Hapvida (HAPV3) e de NotreDame Intermédica (GNDI3) lideraram os ganhos nesta segunda, dia 13, com alta de 3,13% e 3,01%, respectivamente. O ganho inesperado se deu a dois dias da última reunião do ano do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), embora a previsão é que a operação seja julgada até fevereiro de 2022.

No fim de setembro, parecer da Superintendência-Geral do Cade considerou complexa a proposta de fusão, com preocupação sobre a concentração de mercado, o que derrubou as cotações de ambas as companhias na época. A fusão entre duas das maiores de operadoras de saúde do país foi anunciada em janeiro deste ano.

A expectativa maior para a reunião de amanhã do Cade é pelo julgamento de outra proposta de fusão igualmente considerada complexa, a que une a líder do mercado de aluguel de automóveis no país, a Localiza (RENT3) com a sua principal concorrente, a Unidas (LCAM3). As duas ações também subiram ontem: 1,07% e 0,93%, respectivamente. Essa operação entre as duas empresas foi anunciada em setembro de 2020.

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