Saída de Mansueto ampliará pressão fiscal e pode dar força ao Centrão |

A notícia de que o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, está de saída do governo joga ainda mais pressão sobre a crise fiscal brasileira, afirmam analistas ouvidos pela Exame. Mansueto já teria afirmado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que deixará o governo entre julho e agosto e deverá ir para a iniciativa privada após cumprir uma quarentena de seis meses.

A notícia de sua saída foi antecipada pelo jornal O Globo e depois confirmada neste domingo por diversos veículos de imprensa. Mestre em Economia pela USP e doutor em políticas públicas Pelo MIT, Mansueto é o maior fiador do ajuste fiscal dentro do governo.

O secretário, quadro herdado por Bolsonaro da equipe de Michel Temer, já negociava a saída do governo desde o fim de 2019. Sua saída será efetivada num momento de pressão total sobre as contas públicas, acelerada pela pandemia do coronavírus e pela crise política que fez o presidente Jair Bolsonaro se aproximar do Centrão (o bloco de partidos fisiológicos conhecidos por trocar apoio por cargos em governos de diferentes orientações ideológicas).

“A pressão fiscal em cima do Ministério da Economia só vai aumentar por conta da pressão do Centrão e dos militares, por causa de investimento público”, diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. “Mansueto só ficaria se houvesse um sinal crível de de forte ajuste fiscal para os próximos anos, o que claramente não teremos. São muito preocupantes as dificuldades fiscais que teremos pela frente, com um ministério se enfraquecendo a olhos vistos”.

 

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