Salim Mattar diz que covid-19 atrasou privatizações, mas foco é o mesmo

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercado do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou nesta quarta-feira, 1º, que o Brasil talvez precise de dois anos para recuperar o PIB anterior à pandemia do novo coronavírus. Ressaltando que ainda é difícil saber o tamanho do “estrago” que a crise causará, Mattar lembrou que as projeções estimam uma queda de até cerca de 6% da economia neste ano.

Salim também disse que o governo ainda não tem novos números sobre futuras privatizações, ao ser questionado sobre o assunto. “Não temos porque não sabemos quando vamos voltar ao normal. Por isso não fizemos revisão sobre venda de ativos para esse ano, que ficou profundamente atingida devido a crise”, disse o secretário, para quem esse processo deve voltar aceleradamente em 2021.

“Pandemia vai atrasar planos, mas nossa bússola será a mesma”, afirmou. Em janeiro, Mattar afirmou estimativa atingir a meta de R$ 150 bilhões em privatizações e vendas de ativos em 2020.

O secretário disse também não ser possível saber ainda se o nível de desemprego no Brasil já está consolidado em razão da pandemia, ou se mais postos serão perdidos nos próximos meses. “Por causa de alguns planos de ajuda governamental, não sabemos ainda se o desemprego já está efetivamente definido, ou se está em andamento, se julho, agosto, setembro, veremos mais desempregados”, comentou.

“O PIB vai ser negativo, alguns presumem que seja alguma coisa maior que 5% ou 6% de PIB negativo. Ou seja, talvez nós vamos gastar dois anos para recuperar esse PIB, dependendo da recuperação, se vem em ‘V’ ou em ‘U’. Então essa recuperação, dependendo de como vier, pode demorar mais tempo a recuperarmos o PIB que era no passado”, afirmou em live promovida pelo Banco Safra.

Dívida Pública

O secretário voltou a afirmar também que a dívida do País pode chegar a 100% do PIB, o que significa que o Brasil terá de destinar mais dinheiro para o pagamento de juros, comentou.

“Não sabemos quantas pessoas serão infectadas ainda nos próximos meses. Em algumas cidades, a pandemia começou a voltar novamente”, observou o secretário. Ele lembrou que, em março, previa-se uma retomada para o mês de julho. “Estamos vendo que não é tão simples assim, temos que ter cuidado, tem vidas que estão sendo ameaçadas”, disse.

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