Sob pressão, governo aumenta em 118% orçamento contra desmatamento

Após o governo sofrer pressão internacional, o Ministério da Economia aumentou em 118% o total de recursos orçamentários destinados aos órgãos de defesa do meio ambiente — e, nos próximos dias, deverão ser contratados 739 fiscais para o Ibama e o Instituto Chico Mendes. As medidas fazem parte de um conjunto de ações para tentar melhorar a imagem do Brasil no exterior, tisnada pela falta de resultados positivos no combate ao desmatamento ilegal da floresta Amazônica.

A ideia dessa investida é apresentar um plano de cumprimento de metas internacionais e evitar chegar de mãos vazias à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26, que acontecerá no próximo mês de novembro, na Escócia.

A expansão do Orçamento para o Ministério do Meio Ambiente foi uma promessa feita em abril pelo presidente Jair Bolsonaro em uma reunião de chefes de Estado sobre o clima, convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Naquela ocasião, Bolsonaro disse que iria dobrar o volume de recursos.

Já a contratação de mais funcionários poderá até ajudar a combater o desmatamento, mas o déficit de pessoal continuará elevado. Somente no Ibama há uma carência de 1.363 pessoas, entre analistas ambientais, analistas administrativos e técnicos ambientais. A expectativa é que sejam absorvidos pelo concurso 655 novos servidores. O ICMBio não informou, até o momento, o total de vagas em aberto.

Durante a reunião de cúpula sobre o clima, Bolsonaro também prometeu que vai antecipar, de 2060 para 2050, o prazo para atingir a chamada neutralidade climática, que consiste na eliminação de combustíveis fósseis e outras fontes de emissões de dióxido de carbono. Sem apresentar um plano concreto, o presidente ainda afirmou que que o Brasil acabará com o desmatamento ilegal até 2030.

Na última terça-feira, uma comissão interministerial formada por oito ministros aprovou a criação de um grupo de trabalho cuja tarefa é elaborar um plano para o Brasil cumprir metas de redução das emissões de gases que provocam efeito estufa. A ideia é evitar que o país continue sendo cobrado pelos parceiros internacionais — e sofra um impacto nos investimentos estrangeiros.



Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Brasil, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu