STF suspende julgamento do marco temporal e retoma nesta quinta-feira

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quarta-feira o julgamento da chamada tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas após a sustentação oral de parte dos envolvidos no processo, retomando a análise a partir da quinta.

Até o momento, dos 39 oradores inscritos, 21 já se manifestaram. Na quinta, outros dezoito vão se pronunciar, entre eles a Procuradoria-Geral da República. Somente após essa etapa concluída é que começará o julgamento propriamente dito com o voto dos ministros.

Na sessão de quarta, representantes dos indígenas pediram no STF a rejeição da tese do marco temporal, destacando que a medida é inconstitucional.

Por sua vez, o governo defendeu, por meio da Advocacia-Geral da União, a adoção da medida e afirmou também ser a favor que o Congresso Nacional decida sobre o assunto.

De maneira geral, a tese do marco temporal, se vencedora, introduziria uma espécie de linha de corte para as demarcações. As terras só seriam passíveis de demarcação se ficar comprovado que os índios estavam nelas até a promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. Do contrário, não haveria esse direito.

Um dos oradores, o advogado terena Luiz Henrique Eloy Amado, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), disse que não há qualquer requisito de tempo na Constituição para se demarcar terras.

“Terra índigena possui conceito vinculado ao texto constitucional, não havendo qualquer requisito temporal para sua caracterização. Pelo contrário, a Constituição trabalhou com elementos de tradicionalidade que é a forma como cada povo se relaciona com seu território”, afirmou.



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