Tegra Pharma quer avaliar efeitos do CBD e do THC em atletas

Qual é o efeito da substância canabidiol e do tetrahidrocanabinol no desempenho e na recuperação de atletas? É isso o que a farmacêutica de derivados de cannabis Tegra Pharma quer descobrir. 

Desde 2015, a Anvisa permite a importação de produtos derivados da planta por pacientes e elas vêm crescendo. Naquele ano, a agência emitiu cerca de 15,5 mil autorizações de importação. Em 2021, os pedidos mais que dobraram e já tinham batido mais de 33 mil. 

O canabidiol é um forte relaxante muscular e tem indicações médicas principalmente para o tratamento de dores crônicas, convulsões, epilepsia e ansiedade.

Quanto ao tetrahidrocanabinol, mais conhecido pela sigla THC, a atuação principal é contra dores fortes. A maior parte dos produtos costuma ter até 0,2% da substância, que é psicoativa. Isso porque acima deste valor o médico precisa utilizar as receitas do tipo A, conhecidas pela cor amarela.  

Nesse segmento, a Tegra Pharma se diferencia porque possui uma das maiores linhas do mercado, com produtos que oferecem diferentes concentrações de canabidiol e tetrahidrocanabinol.

Com isso, a Tegra vai começar a patrocinar dois triatletas da Associação Atleta Cannabis para verificar os efeitos das substâncias na recuperação de lesões e no desempenho. Apesar de ser menos popular que o canabidiol, o THC é mais eficaz contra dores fortes e tem índicios que ajuda no dsempenho.

Fernando Paternostro e Peu Guimarães vêm divulgando há mais de um ano nas redes sociais através da iniciativa “Atleta Cannabis”. Os dois usam e mostram como óleos e cremes com componentes da planta ajudam nos treinos e na recuperação muscular. 

Agora, em 2022, os dois vão fazer o uso do canabidiol e do tetrahidrocanabinol com acompanhamento médico. A ideia da Tegra Pharma é formar um primeiro protocolo de utilização das substâncias para depois investir em um estilo clínico.

O objetivo é criar protocolos médicos aos produtos de cannabis para combater as “dores dos atletas”, como inflamação, ansiedade, depressão, insônia, recuperação pós-treino e as próprias dores físicas.

Em 2021, a Olimpíada de Tóquio foi a primeira em que o canabidiol foi permitido e não era enquadrado como doping.

“Eu competi durante muitos anos em esportes radicais, como snowboard, rugby, polo aquático… Mas parei por causa das lesões e da dor crônica. E a primeira coisa que a cannabis me proporcionou foi poder voltar a treinar em alto rendimento e agora a competir”, destaca Peu Guimarães.

O atleta acredita que o esporte de alto rendimento pode ser um grande aliado da cannabis medicinal porque ajudaria a desmistificar os produtos e o uso da planta para fins medicinais. 

Nos próximos meses, a dupla vai divulgar os resultados nas redes pessoais e do Atleta Cannabis. 

Jaime Ozi, sócio e vice-presidente de negócios da Tegra Pharma, destaca o caráter científico do protocolo que os médicos que vão acompanhar os atletas têm.

Além da organização Atleta Cannabis, a farmacêutica fechou parceria com duas clínicas esportivas de São Paulo, a Sports Lab e Care Club, onde foram implementados programas de tratamentos com as substâncias.



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